Alunos, professores e funcionários terão as certificações Toefl pagas pelo governo; objetivo é fazer diagnóstico da proficiência
Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo
O Ministério da Educação (MEC) vai aplicar 430 mil testes de certificação em
inglês para alunos, professores e funcionários das universidades federais. O
plano é fazer um diagnóstico da proficiência na língua na rede para subsidiar
políticas de internacionalização, como o Ciência Sem Fronteiras (CsF). O MEC
quer aplicar a primeira etapa entre 13 de maio e 9 de junho, prazo visto como
"apressado" por docentes das instituições.
Os certificados para os alunos serão emitidos pela empresa Mastertest,
certificadora do Toefl (teste internacional aceito nas universidades
estrangeiras). O MEC não informou quanto vai pagar à empresa, mas disse que será
um custo "muito inferior ao teste convencional", de R$ 260.
Em uma primeira etapa, as universidades, que serão as responsáveis pela organização dos exames, deverão dar preferência aos alunos. O MEC informou que haverá ainda uma aplicação no segundo semestre.
O teste será de nivelamento, mas os participantes poderão ser priorizados nas matrículas de cursos presenciais de inglês. O MEC sugere às instituições que as certificações possam ser contabilizadas como atividade extracurricular ou de extensão como forma de incentivo à participação dos estudantes.
O diagnóstico também servirá de base para alocação de recursos a partir de 2015. Um comunicado do governo, com data da última sexta-feira, chegou nesta semana às instituições de ensino, que devem fazer o cadastro e definir esquema de aplicação até o dia 6 de maio. "Avisar assim em cima da hora é complicado, parece muito apressado para organizar tudo", disse uma docente de uma federal, que pediu anonimato.
O presidente da Associação Nacional dos Reitores das Instituições Federais (Andifes), Jesualdo Farias, reconhece que é uma "meta ousada" por causa do prazo. "Há certa inquietação d as pessoas diretamente envolvidas, mas a realização do diagnóstico é muito positiva e precisamos definir o orçamento do ano que vem até o meio do ano", disse Farias. Ao falar sobre o cronograma, o comunicado ainda ressalta que a "avaliação diagnóstica" influenciará a definição de transferência de recursos para o ano que vem.
Retorno. A convocação para a certificação ocorre ao mesmo tempo que um grupo de 110 bolsistas do Ciência sem Fronteiras começa a voltar do Canadá e da Austrália sem ter feito nenhuma atividade na universidade estrangeira. O retorno dos bolsistas, que ficaram seis meses nos países, foi revelada no início do mês pelo Estado.
Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), eles não alcançaram o nível de fluência no inglês e não puderam iniciar as atividades nas faculdades. Os bolsistas afirmam que os cronogramas e o contrato não foram respeitados. Eles haviam sido aprovados para universidades de Portugal, mas foram transferidos após alterações no edital feitas pelo MEC.
Parte dos estudantes já embarcou ontem. O MEC e Capes não informaram quanto foi gasto com esses bolsistas nem quantos outros estudantes estão nessas condições.
A certificação nas universidades é considerada uma segunda etapa do programa Inglês Sem Fronteiras, criado no fim de 2012 para melhorar o nível de inglês dos bolsistas do CsF. O programa ofereceu dois milhões de senhas de acesso a estudantes de graduação e pós para a plataforma My English Online (MEO), de ensino da língua.
Em uma primeira etapa, as universidades, que serão as responsáveis pela organização dos exames, deverão dar preferência aos alunos. O MEC informou que haverá ainda uma aplicação no segundo semestre.
O teste será de nivelamento, mas os participantes poderão ser priorizados nas matrículas de cursos presenciais de inglês. O MEC sugere às instituições que as certificações possam ser contabilizadas como atividade extracurricular ou de extensão como forma de incentivo à participação dos estudantes.
O diagnóstico também servirá de base para alocação de recursos a partir de 2015. Um comunicado do governo, com data da última sexta-feira, chegou nesta semana às instituições de ensino, que devem fazer o cadastro e definir esquema de aplicação até o dia 6 de maio. "Avisar assim em cima da hora é complicado, parece muito apressado para organizar tudo", disse uma docente de uma federal, que pediu anonimato.
O presidente da Associação Nacional dos Reitores das Instituições Federais (Andifes), Jesualdo Farias, reconhece que é uma "meta ousada" por causa do prazo. "Há certa inquietação d as pessoas diretamente envolvidas, mas a realização do diagnóstico é muito positiva e precisamos definir o orçamento do ano que vem até o meio do ano", disse Farias. Ao falar sobre o cronograma, o comunicado ainda ressalta que a "avaliação diagnóstica" influenciará a definição de transferência de recursos para o ano que vem.
Retorno. A convocação para a certificação ocorre ao mesmo tempo que um grupo de 110 bolsistas do Ciência sem Fronteiras começa a voltar do Canadá e da Austrália sem ter feito nenhuma atividade na universidade estrangeira. O retorno dos bolsistas, que ficaram seis meses nos países, foi revelada no início do mês pelo Estado.
Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), eles não alcançaram o nível de fluência no inglês e não puderam iniciar as atividades nas faculdades. Os bolsistas afirmam que os cronogramas e o contrato não foram respeitados. Eles haviam sido aprovados para universidades de Portugal, mas foram transferidos após alterações no edital feitas pelo MEC.
Parte dos estudantes já embarcou ontem. O MEC e Capes não informaram quanto foi gasto com esses bolsistas nem quantos outros estudantes estão nessas condições.
A certificação nas universidades é considerada uma segunda etapa do programa Inglês Sem Fronteiras, criado no fim de 2012 para melhorar o nível de inglês dos bolsistas do CsF. O programa ofereceu dois milhões de senhas de acesso a estudantes de graduação e pós para a plataforma My English Online (MEO), de ensino da língua.
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