sábado, 15 de dezembro de 2012

Nuno Crato diz que o país precisa de mais formação profissional


Lusa / EDUCARE
2012-12-14

O ministro da Educação e Ciência afirmou hoje que o país precisa de mais jovens com formação profissional para dar resposta ao mercado de trabalho, no encontro do projeto-piloto do ensino vocacional, na Marinha Grande.

Nuno Crato salientou que o "país não precisa só de licenciados" e que é "importante que haja pessoas que tenham formações profissionais de outro tipo, como técnicos de informática, marceneiros ou auxiliares de enfermagem".

O governante acrescentou que existem "tantas profissões que são necessárias neste mundo e para as quais não se encontra mão de obra". Por outro lado, existem jovens "que querem emprego e não têm", realçando estar preocupado com o desemprego jovem.

"É uma calamidade completamente absurda, quando encontramos empresas que dizem que precisam de trabalhadores especializados e que não os encontram e, ao mesmo tempo, temos jovens que não conseguem encontrar emprego. É nossa responsabilidade conjunta, de professores, Ministério e empresas, fornecer vias que permitam aos jovens terem saídas profissionais", acrescentou Nuno Crato.

O ministro lamentou que exista um "preconceito intelectual, entre algumas pessoas," que, garante, "tem de acabar" dado que "todas as profissões são dignas".

Para isso, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) tem "ofertas diversificadas": "Não queremos que os jovens, logo muito cedo, escolham a via que querem seguir. Queremos que possam mudar de via ao longo da escolaridade. Mas queremos que haja uma via profissionalizante que também seja oferecida."

Sobre o ensino vocacional, "uma experiência-piloto" que o MEC adotou este ano letivo, Nuno Crato fez um balanço positivo.
"Esta experiência está a correr muito bem. São 13 escolas, que têm tido o apoio de mais de 100 empresas. Esta colaboração empresas-escolas permite fazer que os jovens que escolham esta via saiam desta escolaridade com maior capacidade de emprego e de trabalho e tenham maior sucesso."

O governante explicou que a via vocacional não obriga a seguir o ensino profissional. Apesar de alguns jovens "terem necessidade de um ensino mais prático em determinada altura", podem "mais tarde decidir se querem seguir a via científico-humanístico".

Vários intervenientes ligados ao projeto do ensino vocacional estiveram hoje reunidos na Escola Secundária Eng. Calazans Duarte, na Marinha Grande, para partilharem experiências e levantarem algumas questões sobre o projeto.

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