segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Um pouco mais de paz


Eder Roberto Dias


Estamos diante de um caos que impregna a calma de nosso melhor sentir! Deixamos de acreditar, de participar e de nos fazer felizes, pois aceitamos com muita facilidade os incômodos que absorvem a fonte natural de nossa calma. Ouvimos buzinas, gritos, dor, agitação, afobação e, no meio de tudo isso, aplicamos um esquecimento lacônico de nossa percepção de felicidade. Respiramos tão somente o pó de nossas conquistas que se entrelaçam com todas as dificuldades que nos adoecem e tomam nosso tempo e jovialidade. Estamos envelhecidos, ultrapassados e compulsori-amente desfocados da beleza que há em viver nossas etapas. Tememos a sombra que nos alcança e sequestra de nós as virtudes de conhecer aos estranhos que e comportam indiferentes com o que acontece ao seu lado. Podemos dizer que somos sofisticados, práticos, atuantes e muito informados, mas até onde estamos realmente evidenciando a busca por nossa paz? As semanas correm e escorem por entre nossos dedos (...), dormimos e se quer temos tempo para sonhar com objetivos que não sejam o dinheiro de cada mês. E, com ele, as vultosas contas de nosso cartão de crédito que consomem o suor de nosso ir e vir de um trabalho que mais nos parece ser a nossa casa. Enquanto que a nossa casa serve apenas e deposito de nosso cansaço. Buscamos culpados para tudo que não conseguimos sentir! Inviabilizamos sorrisos, pois tudo que conseguimos ver nos trás medo e muito temor. Tenho que fazer um seguro para meu carro; tenho de ter cuidado ao sair à rua; não posso passar tranquilamente por essa rua que escura pode me surpreender com um assalto. E, assim, se vão os meses, os anos e todos os desejos que são apagados de nossa mente que nos mente. Devemos ter mais direitos que deveres, podemos nos sentir felizes sem nos sentir culpados de fugir da mecânica que absorve a nossa engren agem em ferrugem e empenamento. Somos seres humanos que precisamos de entendimento, luz e realização. Não o consumo de coisas materiais, mas as espirituais que nos aproximem uns dos outros. Onde a igualdade de respeito não nos faça surpreender a nós mesmos! A gentileza é uma atitude de amparo diante do desamparo que estamos vivendo. A educação é uma virtude que não pode ser abandonada por uma associação de modismos que empregam a falta de educação como algo natural do crescimento populacional. Falamos de paz, porém caminhamos em uma contra mão de valores e conhecimento. Estamos diante de um caos que invade nossas janelas, nossas portas e camas. Deixamos de amar com intensidade e verdade, pois o normal agora é a falta de comprometimento com os sentimentos. Não sei ao certo por onde andam os sentimentos, nem sei se estes novos habitantes terrenos sabem o valor do princípio de respeitar. Consomem a vida como um cigarro que queima por sobre um cinzeiro. Para depois, um dia, se transformarem em velhos que desconhecem o conhecimento de todo bem que não viveram.

Um pouco mais de paz... aonde ela possa existir e, caso ela já tenha morrido, que renasça de nossos sentimentos, desejos e sonhos, pois em nosso amanhã a cobrança por um momento de paz será grande. E, antes que ela seja dizimada por nossa pressa, devemos ensinar aos que não a conhecem a encontrarem a si mesmos em sua mais exclusiva paz.

Eder Roberto Dias
ederoamorsemprevence@bol.com.br
Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente.

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