JULIA BORBA
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) defendeu nesta quarta-feira (21) a criação do programa "Mais Professores", para reforçar a educação em municípios de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Na proposta, que ainda está em fase de elaboração pelo ministério, as escolas que precisam de professores de matemática, física, química e inglês receberiam um "reforço" no quadro, com envio de profissionais selecionados pelo programa.
"Não se preocupe, não estamos trazendo ninguém de fora", brincou o ministro durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
O nome do programa faz alusão ao já existente programa "Mais Médicos", que é a grande aposta do governo federal para melhorar a qualidade do atendimento de saúde nas cidades que encontram dificuldades de contratar médicos.
O programa do Ministério da Saúde criou polêmica porque abre a possibilidade de contratar estrangeiros sem a validação do diploma no país.
"Nessas escolas nós precisamos dar reforço no quadro de docentes, porque os secretários de educação nos dizem que fazem concurso para essas vagas e não conseguem chamar ninguém", disse.
Segundo Mercadante, enquanto a oferta de profissionais nessas áreas "não cresce na velocidade necessária" é preciso criar uma política em que o MEC complemente esses esforços de governos estaduais e municipais.
"Faremos um 'reforço' mandando professores para essas escolas, sobretudo os que lecionem nessas disciplinas. Aceitamos sugestões ainda de como isso vai ser feito, mas uma das hipóteses é de levar professores aposentados, jovens, que aceitem voltar para a sala de aula", afirmou o ministro.
Segundo Mercadante, só serão encaminhados professores se houver, de fato, esse desfalque e dificuldade de preencher as vagas. "Precisamos de uma solução para esse problema e não de uma improvisação", completou.
O ministro não comentou, entretanto, qual seria a remuneração desses profissionais.
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