Da Redação - Marianna Marimon
Um processo que envolve: argumento, desenhos, balões, acabamento, escolha das cores e a colorização, para que depois de quatro meses, estejam disponíveis nas bandas de revista, a última edição da sua história em quadrinhos preferida. Afinal, quem não passou parte da infância esperando sair nas bancas, as histórias que povoavam a imaginação? Então, nesta quinta-feira, 30 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos (HQs).
Em 1895, o artista americano Richard Outcault criou a primeira HQ moderna, nascia aí o Yellow Kid (menino amarelo). A história traz muitos outros que junto com Outcault começaram a explorar o universo HQ, mas o artista americano é considerado o pioneiro, pois, deu uma das maiores contribuições aos quadrinhos: os balões de diálogo entre os personagens.
Mas no Brasil, a primeira história em quadrinhos foi criada em 1869, pelo italiano radicado no Brasil, Angelo Agostini (1843-1910). “As aventuras de Nhô Quim” contava a saga de um jovem caipira de 20 anos que visita a corte no Rio de Janeiro. E era através da litografia que fazia seus desenhos: desenhava a lápis em papel vegetal e decalcava suas ilustrações em cima de uma pedra, e então ao jogar ácido, criava-se uma chapa de metal que imprimia o desenho.
As raízes das HQs se confundem com a própria história da humanidade. Afinal, os estudiosos remetem que as pinturas rupestres também podem ser consideradas histórias em quadrinhos, pois, narravam as aventuras dos caçadores nos tempos pré-históricos.
Nesta linha, os quadros das igrejas medievais que retratavam a via sacra, também podem ser considerados antepassados das tirinhas. A grande diferença é que os ancestrais das HQs, não possuíam texto. Os enredos eram desenvolvidos apenas com uma sequência de desenhos.
O Brasil é o segundo país que mais produz histórias em quadrinhos da Disney, atualmente. Agora, as HQs vão além dos heróis conhecidos e da ciência, das aventuras como Tin-Tim, e englobam até apocalipse zumbi como The Walking Dead. Entre os personagens brasileiros mais famosos, podemos citar a Mônica de Maurício de Souza, criada em 1963 e que resiste até hoje, tendo agora também se tornado um mangá (HQ japonesa).
As histórias em quadrinhos constituem um meio de comunicação de massa que agrega dois códigos distintos para transmitir uma mensagem: o linguístico (texto) e o pictórico (imagem). E foi no século 19, que a coisa começa a mudar, com pioneiros como o próprio Angelo Agostini, que viveu no Brasil desde os 16 anos de idade.
Apesar de terem criado trabalhos unindo texto e imagem anos antes de Yellow Kid, as características importantes das HQs modernas, como o uso dos balões com as falas, só surgiram com o personagem americano.
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