quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Saúde da mulher

Gustavo Moreira de Oliveira

É a mulher, na grande maioria dos lares, quem escolhe os alimentos que serão consumidos pela família, alem disso é ela quem prepara as refeições. “Considerando que uma das principais funções dos dentes é a mastigação, a atenção à saúde bucal é de extrema importância para a alimentação.

Não há boa alimentação sem boa mastigação”, defende a cariologista Sonia Groisman, consultora da ABO-BR. O consumo inadequado do açúcar, sem uma higienização adequada, por exemplo, contribui para o aparecimento de cárie.

O alerta vale para alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcares escondidos em formulações industriais, como papinhas, salgadinhos, ketchup, bolachas, refrigerantes e sucos de frutas industrializados, entre outros alimentos cariogênicos comumente consumidos pelas crianças.

Considerando que a Saúde Bucal do ser humano começa na gestação – Os rumos da saúde começam a ser definidos cedo, na gravidez, e mais uma vez a mulher tem papel decisivo na qualidade de vida da família, especialmente na influência dos hábitos da mãe na formação do bebê.

“No quarto mês de gestação, por exemplo, começam a se formar as papilas gustativas da criança, e a alimentação da mãe nesse período terá grande influência na predisposição do filho a determinados tipos de alimento. Por isso, deve-se ter cuidado com a ingestão frequente de doces na gravidez, que além de possibilitar o aparecimento de cavidades cariosas na mãe, pode gerar um condicionamento da necessidade do consumo de doces após a gestação”, orienta Sonia.

Ter que cuidar de si e ainda ocupada do cuidado com toda a família, não raro a mulher negligencia a sua própria. “Isso é um problema especialmente porque a mulher tem necessidades especiais relacionadas à saúde bucal nas diversas fases da vida”, alerta Sonia Groisman.

Segundo ela, as mudanças nos níveis de hormônio que ocorrem na puberdade, seguidas da menstruação, gravidez e menopausa, tornam as gengivas mais sensíveis ao biofilme dental (acúmulo de bactérias). “Nessas etapas da vida, as mulheres não podem esquecer de escovar e usar fio dental todos os dias, para evitar a gengivite”, aconselha.

Pesquisa realizada pela Academia Americana de Periodontia relacionou outras especificidades da saúde bucal feminina ao longo da vida da mulher. Antes da menstruação, é comum a gengiva inchar e sangrar, e algumas mulheres têm aftas ou inflamações da mucosa bucal.

A inflamação da gengiva também é um dos efeitos colaterais mais comuns dos contraceptivos orais. Durante a gestação, problemas periodontais podem causar partos prematuros e/ou bebês de baixo peso.

Na menopausa, além de gengivite, pode acontecer alteração do paladar e boca seca, e pode haver relação entre a osteoporose e a perda óssea nos maxilares, levando à perda de dentes por causa da provável diminuição da densidade dos ossos onde eles estão inseridos.


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