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A questão previdenciária é uma vilã e bastante temida para os
estudiosos de finanças públicas. É inegável que inúmeros fundos
previdenciários não vão bem. As contas não fecham e acumulam déficits de
bilhões de reais.
É preciso reaver o caixa, já que medidas eficazes não serem tomadas
urgentemente, comprometerá o futuro de muitas famílias.
Preocupado com o assunto tenho me dedicado profundamente com a criação
do Fundo Previdenciário de Mato Grosso (MT Prev). A medida prevê a unificação
dos pagamentos das aposentadorias dos servidores de todos os Poderes do
Estado, incluindo o Ministério Público.
A reestruturação da Previdência estadual é necessária, porque Mato
Grosso corre o risco de ficar inadimplente com a União. Segundo o governo do
Estado, a dívida em 2014 deve atingir a marca dos R$ 400 milhões.
Cálculo atuarial feito pelo TCE/MT aponta para um déficit
previdenciário de R$ 13 bilhões. O valor pode ser zerado neste ano, caso o
Fundo seja criado. A implantação do MT Prev é uma orientação do Ministério da
Previdência Social. O prazo dado pelo Ministério para a solução do problema
acaba em 15 de fevereiro.
O projeto de unificação prevê a criação do fundo previdenciário, que
receberá recursos da dívida ativa, do patrimônio imobiliário, de concessões
de hidrelétricas e outras fontes. O recurso do fundo poderá corrigir
aberrações como a destinação de recursos da Educação para o custeio da
previdência dos servidores da Pasta.
Enquanto defensor do patrimônio público, a minha missão é assegurar
aos servidores públicos do Estado do Mato Grosso e seus dependentes os
benefícios que lhes sejam devidos após completado o seu período laboral ou
nas eventuais adversidades, gerindo os recursos de forma a observar o caráter
contributivo e o equilíbrio financeiro e atuarial indispensáveis à
sustentabilidade e perenidade do Fundo.
Já dizia Albert Einstein que viver é como andar de bicicleta é preciso
estar em constante movimento para manter o equilíbrio. Neste caso, temos que
levar em consideração três aspectos importantes – arrecadação e a gestão dos
recursos e, por fim, a concessão dos benefícios.
Sem sombra de dúvida, o grande desafio é manter o equilíbrio. A
aposentadoria é um direito garantido por lei a todos os trabalhadores que
contribuíram, durante suas vidas, para o desenvolvimento do País.
O equilíbrio das contas é a garantia e a estabilidade daqueles que vão
para inatividade, após anos de contribuição. O debate precisa ser amplo e
profundo. Acima de tudo que respeite os Direitos dos servidores públicos.
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
MT Prev: uma análise da realidade
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