Iza Aparecida Saliés
Cuiabá, 10 de Janeiro de 2015.
Não sei por que hoje acordei
com o coração apertado, sufocado por imensa dose de sentimentos amorosos não
vividos, abafados pela dor que insiste em absorver minhas forças, minha
vontade, meus desejos, que arrebatam as entranhas de minha alma, como é
doloroso sentir saudade do que não podemos mais possuir!
A vontade de extravasar o
que está dentro deste coração sofrido, é forte, e necessária, está latente em
mim de tal forma que não consigo controlar, então deixei sair tudo que precisa
ser delatado para não implodir este frágil coração que tem passado por muitos
dissabores na vida. Tento reerguer mesmo com as dores que cobrem as películas
do meu coração, mas acabo caindo, caio e levanto, levanto e caio, assim vou
seguindo a vida com o alento do senhor.
Não é fácil, dói muito,
muito mesmo, a necessidade de escrever nasce para aliviar o coração, faz bem,
deixar explodir tudo que está preso nos sentimentos que insistem em ficarem
encubados na escuridão da saudade que cobre mês pensamentos, vontades, desejos,
tudo, tudo mesmo.
Das pessoas que amo e não
estão mais neste plano, agora fazem parte da estrutura familiar divina, mesmo
certa disso, ainda assim acho falta, sofro por não tê-los comigo.
Deixei sair tudo que estava reprimido
no meu coração, penso que ao delatar a minha dor posso amenizar o que vivo
sozinha na solidão do meu quarto, na solidão quando estou dirigindo, quando
estou em grupo, são momentos que vivo para tentar superar e curar essa ferida
que sangra meu ser.
Busco forças que penso ter, elas
não aparecem, somem, quando vejo, não ás
vejo mais, assim fico, totalmente dependente das energias superiores e da
compaixão do senhor, só ela consegue me levantar quando chega, fortalece músculos, os sentimentos, as estruturas
emocionais, até que eu possa reerguer e continuar vivendo.
Sinto como um pássaro
errante, que busca um ninho para ser acalentado, mas só consigo ancorar em
ninhos ocupados. Não entendo porque só entro em direção errada, rumo a ocupar
lugar que já está ocupado? Pela segunda vez, pouso em ninho ocupado, quando
vejo já estou vivendo de aluguel, ocupando propriedade alheia, espaço de
outros, e pagando por isso, sem dúvida!Como pago caro por isso!
Preciso de colo, sinto falta
dos afagos dos meus queridos que estão na grande morada, sei perfeitamente que
estão bem, mas as ondas de saudade são incontroláveis, deixando um vazio que
insiste em fazer parte deste ser tão frágil, impotente, e quase deixa inconsciente,
amortece o pensamento, o agir, rasgando e continuar amando ainda que, esse
sentimento esteja ferido em minha alma.
Tenho que expressar tudo que
estou passando, o que estou fazendo e o que estou sentindo, sabe que você é uma
pessoa bastante ponderada, sensível, compreensível, amável, amigo sabe escutar
o coração do próximo com sabedoria
Valor este, muito peculiar a
sua pessoa, por isso estou profundamente apegada a você, meu amor, amo seu
coração, seus valores, sua expressão, ou seja, jeito de ser, tudo, mas tudo
mesmo de você, não sei como e nem porque, mas é assim que sinto agora
Deixei a alma fluir, falar, e fui escrevendo, sempre é assim
que acontece, mas hoje foi especial, precisava desabafar, meu peito estava
trancado, sentido, choroso, por motivos explicáveis, porém desnecessários de
preocupação, coisas do passado que ainda insiste em permanecer cutucando meus
sentidos, emoções e de vez em quando aparece para entristecer meu coração.
Mas, como tenho uma alma generosa, bondosa, que tem a
paciência de ouvir meu coração pelas palavras, falas e escritas aproveito para
soltar as asas das emoções e deleitar nesse campo sereno, manso e suave, que é
seu coração sem abusar dessa liberdade que tanto preso e respeito.
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