quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Nutricionistas revelam a dieta ideal para o Enem

Nos dias de prova, a orientação é comer em casa e ingerir alimentos leves. No próximo fim de semana, aproximadamente 5,4 milhões de estudantes vão testar seus conhecimentos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011.

Após um ano inteiro de preparação, nenhum deles deseja por tudo a perder. Para isso, é preciso estar atento a diversos fatores, como horário da prova e regras do exame. Outro fator que merece atenção redobrada é a alimentação. Cuidados simples garantem a energia necessária e evitam transtornos, como uma intoxicação indesejada em dias decisivos.

"Esta não é uma época propícia para experimentações", alerta Isabel Correia, especialista em nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Por isso, o estudante deve dar preferência a alimentos que habitualmente fazem parte de sua dieta e evitar outros, que não fazem." Há, contudo, uma regra geral: não é recomendada a ingestão de alimentos gordurosos e pesados, como feijoada, carnes gordas e frituras. Eles exigem mais do organismo para a digestão e provocam sensação de sonolência, prejudicial para a realização da prova. "Por outro lado, é importante ressaltar que, em hipótese nenhuma, o participante deve comparecer ao exame em jejum", diz Isabel. O importante, portanto, é o equilíbrio.

Antes da prova - A nutricionista Roberta Stella sugere que a preparação do candidato comece um dia antes da prova. "Na sexta-feira, o estudante deve ficar atento ao que come, pois isso terá reflexos nos dias de prova”, diz a especialista. O ideal é começar com um café da manhã rico em frutas, fibras e carboidratos. “Eles dão energia e são de fácil digestão. Certamente, não vão comprometer o desempenho do participante.” Por volta das 11h, é hora de um lanche. A receita é simples: pão integral, peito de peru e queijo. “Quem quiser, pode trocar o lanche por um prato de salada.”

Isabel Correia, da UFMG, sugere àqueles que optarem por um almoço, um prato com salada, arroz, feijão e carne magra – sempre em quantidades reduzidas, para não pesar no estômago. “Tudo precisa ser bem dosado. Equilíbrio é fundamental ou a receita desanda.” A especialista indica que o candidato coma duas horas antes do início da prova para evitar que a famosa sensação de moleza depois do almoço o atinja durante a resolução das questões.

Durante a prova – O Enem é uma prova extensa e o tempo é curto. Em média, o aluno tem três minutos para responder cada questão. A concentração é necessária e a distração custa caro. Portanto, é recomendada a ingestão de alimentos rápidos e práticos durante a tarde de exame. Barrinhas de cereais são uma boa opção: pequenas, leves e energéticas. Chocolates são gordurosos e, dependendo da temperatura ambiente, podem derreter. Frutas também são indicadas. “O estudante deve dar prioridade a alimentos não perecíveis e que não façam muita sujeira”, diz Isabel.

Roberta Stella lembra de outro item essencial: água. “É preciso se hidratar adequadamente, principalmente nos dias de muito calor. A falta de líquido pode provocar sonolência.” Para a nutricionista, refrigerantes estão fora de questão. “O gás pode provocar sensação de estufamento. Sucos podem ser bons substitutos.”

Depois da prova – Depois de uma maratona de textos, gráficos e números, é hora de repor as energias. No sábado, primeiro dia de Enem, não convém exageros. Afinal, no domingo, ainda há mais trabalho a ser feito. A recomendação é a mesma: comida leve, sem exageros. “Nada de fast food”, diz Roberta, referindo-se a lanche gordurosos, cheios de condimento. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. “Elas são diuréticas, provocam mal-estar e ressaca.”

Mais uma vez, não é aconselhado ao candidato comer fora de casa ou ingerir alimentos cuja procedência é desconhecida. Ele deve jantar ao menos duas horas antes de se deitar, ou a digestão poderá atrapalhar o sono. “Afinal, tudo o que o estudante não precisa nesse momento é de uma noite mal dormida”, lembra Isabel. Na manhã seguinte, é hora de repetir o ritual do café da manhã e do almoço.


Fonte: VEJA

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