domingo, 30 de outubro de 2011

Enxaqueca infantil, causa e preocupação

Rosângela Cadidé

No artigo de sexta-feira passada, foi ressaltada a importância de tantos os pais quanto professores estarem atentos às reclamações das dores de cabeça com frequências das crianças, pois enxaquecas não ocorrem apenas com adultos. Em princípio é comum acharmos estranho uma criança desenvolver esse problema, principalmente por estar relacionado a inúmeras situações de sua rotina diária.

Hoje, nós pais temos uma vida muito corrida em virtude do trabalho. Dessa forma, muitas vezes sem querer ou até mesmo sem perceber (porque nós pais queremos o melhor para os nossos filhos), contribuímos para que crianças desenvolvam a doença em detrimento a nossa falta de tempo para estabelecer limitações do que é certo ou errado fazer desde cedo na vida de nossos filhos. Como por exemplo, o uso exagerado do computador, videogames e televisão, juntamente com poucas horas de sono são as principais causas que provocam dores de cabeça nas crianças, que normalmente já é um hábito na maioria dos lares brasileiros, ocasionados pela ausência dos pais até mesmo pela falta de acompanhamento para estabelecer limitações.

Sei que é complicado associar a vida profissional com a vida familiar no tocante ao acompanhamento dos filhos, pois o sustento da família depende do trabalho. Em verdade, tenho certeza que muitos pais vivem o dilema: de não querer estar ausentes, de querer sempre estar perto dos filhos, mas infelizmente não podem.

É de se observar que a atenção que devemos proporcionar aos filhos é extremamente importante, porque contribui positivamente tanto para o psicológico da criança, quanto para sua saúde física. No entanto, na sociedade atual, nós professores, na maioria das vezes, damos mais atenção à criança do que os seus próprios pais por convivermos diariamente observando e ocupando boa parte do tempo da rotina da criança e logo percebemos quando algo não está bem. Assim, nosso papel como educadores tem ido além das disciplinas que ministramos em sala de aula: a de estarmos atentos ao perceber que temos reclamações constantes de dores de cabeça por parte de algum aluno para ajudar não só os pais informando-os, mas principalmente a criança, pois em muitos casos acaba afetando os estudos e as habilidades físicas e motoras da criança.

Por essa razão, é necessário que os pais se conscientizem de que podemos prevenir essa doença com algumas atitudes começando a partir de casa proporcionando à criança uma vida equilibrada, isto é, estipulando desde cedo que devemos ter um tempo adequado para comer (alimentos saudáveis), horário para dormir, estudar, descansar, brincar e principalmente limitar o tempo de uso do computador, TV e videogames. No mais, não medicar a criança por causa de uma dor de cabeça sem prescrição médica.

Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federal de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas(CEAM) e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com

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