segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A diversidade e o autocohecimento





Se não entendemos e não respeitamos a diversidade, não somos educadores. Já pensou se todos fossem iguais? Estudemos a Idade Moderna. As pessoas eram forçadas a pensar e agir da mesma forma, conforme os interesses do pessoal do clero. Exemplos: Leonardo da Vinci (1452-1519), Mestre das Ciências, da Pintura e das Artes, que, por ser homossexual, sofreu constantes perseguições. E Giordano Bruno (1548-1600), que por defender a teoria Heliocêntrica (o centro do universo é o sol) em contraposição à teoria Geocêntrica (o centro do universo é a Terra), defendida pela Igreja, foi queimado vivo em praça pública.



Embora o tempo histórico que vivemos seja outro, como também a educação que se quer seja outra, os contemporâneos têm muito que avançar. Analisemos. A repressão aos homossexuais persiste, inclusive com o apoio de religiões que se dizem “cristãs”. O racismo persiste, pois dificilmente se vê um negro ou uma negra em posição de destaque nas lojas. A ideia preconcebida de que os índios e índias são preguiçosos persiste no imaginário da maioria dos não índios, pois muitos não buscam conhecer a cultura dos nativos.





Quanto à diversidade na escola, lembremos Gadotti: "A diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas além da sua. Por isso, a escola tem que ser local, como ponto de partida, mas tem que ser internacional e intercultural, como ponto de chegada. (...) Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Significa sobretudo diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às demais". (GADOTTI, M. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992, p. 23).





Considerações - Cabe a nós, educadores, destruirmos os estereótipos nas atividades escolares e contribuirmos com a transformação do imaginário social.





Se olharmos a diversidade de frente, conseguiremos entender o nosso eu mais profundo e passaremos a nos simpatizar com os desafios, buscando o diálogo.

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Jorge Antonio de Queiroz e Silva

queirozhistoria@uol.com.br

Historiador, palestrante e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

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