quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Reforço escolar auxilia na aprendizagem -Salvador/BA

Gabriela Mangabeira

O Centro de Apoio Pedagógico (CAP), localizado no Stiep, oferece um serviço que vai além das instruções para absorver um assunto específico.
Lá, o objetivo é ensinar ao estudante a estudar. “Ter disciplina para levar uma rotina de estudos, com organização”, completa a pedagoga, Rosa Maria Lima, que há 16 anos dá aulas particulares.

Nas férias, se algum grupo de estudante tiver interesse em fazer reforço escolar, o CAP pode atendê-los. A instituição começou com dez alunos e as aulas eram na casa deles, conforme conta a pedagoga Rosa Maria. Com o tempo, foi preciso alugar um espaço. Hoje, cerca de 120 estudantes fazem parte do grupo de estudos do CAP. Eles frequentam o espaço no turno oposto ao que estudam.

Nota baixa

Os motivos que fazem os pais procurarem ajuda de professores de banca para seus filhos são diversos.

O baixo rendimento escolar, refletido em notas baixas, é o mais comum.
Foi o que aconteceu com as irmãs Beatriz Juvêncio, 11, e Liliana, 19. A mais nova, muito inquieta, “não tinha disciplina nenhuma na hora de estudar”, conta a mãe da menina, Mira Juvêncio.

Para Beatriz, a rotina em aulas particulares, inicialmente, acabou desencadeando o vício de estudar somente com a ajuda do professor da banca. Mas, de acordo com o que conta a mãe, ela avançou e, depois de dois anos em bancas, este ano passou a fazer as atividades sozinha. “E não fiz nenhuma prova final”, comemora a menina.

Na época em que recorreu à banca, Liliana era uma adolescente e não tinha rotina e organização para estudar. A televisão sempre ganhava sua atenção em detrimento dos livros. “Agora ela já estuda com dedicação”, diz a mãe.
Hoje, Liliana é estudante aplicada do curso técnico do Instituto Federal da Bahia (Ifba), mas ainda recorre ao reforço, sempre que complica o assunto e não há muito tempo para estudar. O professor de “banca” de Liliana é o estudante de física da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Zaconi Da Luz.
Disciplina nunca foi o problema de Lucila Santos, 16, mas faltava à garota a habilidade com os números. A banca foi a alternativa encontrada por ela para aprender muito em pouco tempo.

“É preciso ter disciplina para ter uma rotina de estudos, com organização”

Fonte: Jornal A Tarde, 27 de Dezembro de 2010. Primeiro Caderno, p. A7. Salvador/BA.

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