Dispostos a encontrar caminhos que ajudem o País a melhorar a qualidade do ensino público oferecido à população, doze especialistas no assunto apontaram propostas para diminuir, até o ano de 2022, a distância educacional avaliada entre o Brasil e os países mais desenvolvidos. As sugestões deram origem ao projeto “A Transformação da Qualidade da Educação Básica Pública no Brasil”, divulgado em dezembro, em São Paulo (SP).
Segundo o projeto, seis macrotemas devem ser levados em consideração para a melhora da qualidade:
a reestruturação da formação e da carreira do magistério;
o fortalecimento da liderança e da capacidade de gestão nas escolas;
a reforma da estrutura da escola e novos sistemas de ensino;
a reforma do ensino médio;
a criação de um currículo mínimo nacional e
o aperfeiçoamento das avaliações e
reforço das políticas de investimento.
As discussões tiveram início em maio de 2010, quando os especialistas – Cláudio de Moura e Castro, Eduardo Giannetti da Fonseca, Francisco Soares, Jamil Cury, Luis Carlos Menezes, Maria Helena Guimarães de Castro, Guiomar Namo de Mello, Mauro Aguiar, Mozart Neves Ramos, Reynaldo Fernandes, Eunice Ribeiro Duhran e Ruben Klein – foram convidados a responder a pergunta: “Caso fosse eleito presidente da República, quais as cinco grandes ações que tomaria para resolver o problema da qualidade do ensino público básico?”.
As propostas dos especialistas serão encaminhadas à presidente e governadores eleitos, além de representantes do Congresso. A tentativa é induzir o governo a desenvolver um plano multipartidário e plurianual para superar os problemas da educação. “O Brasil tem um desafio enorme e urgente no ensino básico público. A sociedade tem que ficar indignada. Precisamos de uma verdadeira revolução”, ressalta.
Na opinião dos especialistas, o ponto de partida para a transformação da educação básica brasileira deve ser a mobilização da sociedade em torno do problema da qualidade.
“A educação é um projeto de longo prazo, mas outros países enfrentaram de forma contundente e resolveram isso em menos de 20 anos. O que precisamos é mobilização do Estado e da sociedade frente à questão, porque o Brasil nunca priorizou a educação”, conclui Ribeiro.
“A Transformação da Qualidade da Educação Básica Pública no Brasil” tem como signatárias organizações que atuam no campo educacional. Além da Associação Parceiros da Educação, o projeto contou com a Casa do Saber, Associação Cidade Escola Aprendiz, Fundação Bradesco, Instituto Unibanco, Instituto Natura, Instituto Ecofuturo e Fundação Educar.
Com informações do Portal Aprendiz
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário