Para especialistas, mais importante que avaliações em excesso é agir para melhorar as aulas; proposta é do novo secretário paulista
Luciana Alvarez - O Estado de S.Paulo
A instituição de provas semestrais padronizadas, ligadas a um sistema de recuperação para os alunos da rede estadual, anunciada anteontem pelo secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, é vista com preocupação por educadores.
Segundo especialistas, não adianta incluir novas provas no calendário escolar se o resultado não for usado para melhorar as práticas em sala de aula.
Os alunos da rede estadual fazem anualmente a prova do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp), mas os resultados são usados para indicar a qualidade da rede e não o desempenho individual dos alunos.
Angela também aponta como "prejudicial" o excesso de mudanças na gestão do ensino paulista. "Repete-se no Estado de São Paulo a ausência de uma política de médio e longo prazo. Temos visto mudanças abruptas em curto prazo. Em educação não se consegue consolidar uma política em pouco tempo."
Amplitude. Para Arthur Fonseca Filho, membro do Conselho Estadual de Educação, mais importante que a discussão sobre provas e duração de ciclos da educação continuada seriam propostas para todo o sistema de educação de São Paulo - incluindo escolas municipais e particulares. "Nos anos iniciais, de 1.º a 5.º, 75% dos alunos estão nas diversas redes municipais. E os anos iniciais são os mais importantes por darem a base", explicou. "O que gostaria de ver é como vai ser a articulação com os municípios."
Progressão continuada
Sistema em que não há repetência durante os ciclos do ensino fundamental será mantido. Apenas a duração dos ciclos - hoje de 5 e 4 anos - deve mudar.
Provas e recuperação
Duas vezes por ano, alunos farão provas padronizadas em todo o Estado. Quem for mal terá de passar por recuperação.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Nova avaliação de alunos em SP é criticada
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