Chegou o final do ano letivo. Muitas vitórias e sucessos, progressos e conquistas para uns, mas para outros, obstáculos não transpostos, dificuldades não superadas e batalhas não vencidas. E, então, a reprovação e a dúvida de como deve ser superado este momento.
A certeza de ter que refazer aquele ano escolar aterroriza pais e filhos, isto é indiscutível. Mas será que a aprovação para uma nova etapa sem atingir as metas necessárias para o acompanhamento posterior de conteúdos não causaria mais sofrimento? Devo trocar meu filho de escola? E as dificuldades sociais e de autoestima que podem acompanhar a questão, como trabalhar com este assunto com as crianças e adolescentes?
Alguns pontos devem ser ressaltados neste momento. Para começar, vamos deixar claro que não devemos pensar como se todos fôssemos iguais, generalizando os seres humanos, pensando em receitas prontas. Cada família, cada individuo são únicos. A família deve estar concordante quanto à decisão de como lidar com a situação, para que não haja diferenças no tratamento do assunto. Portanto é um tema que deve ser muito conversado e tratado de forma objetiva.
O acompanhamento da vida escolar é fator inerente à família, que durante o ano deve estar atenta às dificuldades apresentadas, compartilhar com a escola as dúvidas e solicitar ajuda quando necessário. São atitudes indispensáveis a quem tem filhos em idade escolar. A escola deve estar preparada para dar este suporte aos pais. Se mesmo assim, a reprovação ocorrer, não pensar que é o fim do mundo. É muito importante, pois para o estudante é um momento de grande ansiedade e estresse emocional. Somos seres alicerçados pela autoestima.
Ser aprovado para a próxima etapa sem preencher os pré-requisitos para tal também causa muito sofrimento, que vai se estender durante o ano todo e muitas vezes ainda nos posteriores trazendo dificuldades, questionamentos, desmotivação e baixa autoestima também e, se a dificuldade ocorrer nos anos iniciais, esta lacuna pode dificultar toda a escolaridade.
A troca de escola também deve ser muito bem avaliada e na maioria dos casos não é a melhor saída.
Punir? Não, isso não resolverá a questão, só acarretará mais dor e culpa.
Concluindo, a família deve estar coesa, unida e compartilhar deste momento pensando em crescimento e não em derrota. Buscar auxílio profissional quando há suspeita de dificuldades, distúrbios ou transtornos de aprendizagem.Ou, ainda, mudar a administração das rotinas e limites no cotidiano familiar em relação às responsabilidades escolares, trabalhando como pais/tutores e orientadores e assim, ao vencer esta difícil etapa, iniciar vida nova com novas perspectivas, pensando sempre que ser abatido numa batalha, não significa perder tudo, mas sim ter a chance de recomeçar diferente.
O indispensável é não desistir!
Mara Cristiane Rodrigues Aguilamara.aguila@gmail.comPsicóloga.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
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