segunda-feira, 14 de maio de 2012

Professores da UFMT decidem aderir à greve nacional nesta quinta-feira

Da Redação - Renê Dióz

Após menos de um ano desde a última paralisação, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) resolveram deflagrar nova greve a partir da próxima quinta-feira (17), por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada em assembleia geral no campus de Cuiabá na tarde desta segunda-feira. Dentre 160 professores presentes, apenas quatro votaram contra a paralisação e outros quatro se abstiveram.

A votação nesta segunda-feira a favor da greve surpreendeu, uma vez que o governo federal acabara de anunciar medida provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff (PT) concedendo reajuste salarial para servidores federais, beneficiando quase um milhão de trabalhadores.

De acordo com o que se discutiu durante a assembleia no campus de Cuiabá, a medida provisória não passa de ação paliativa do governo em momento de crise vivido com os servidores federais, cuja principal reivindicação, enfatizam, é a implementação de um plano de cargos de carreiras.

“Como é que vamos votar num governo em que ninguém acredita?”, questiona Carlinhos Eilert, presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), após confirmar a adesão dos professores mato-grossenses à greve. Ele ironiza o reajuste concedido de última hora pelo governo federal taxando-o de mera tentativa de desarticular o movimento.

“Se fosse do interesse deles [do governo federal], teriam concedido esse reajuste ainda no ano passado. Agora, fazem isso porque vêem que o movimento grevista está organizado”.

A paralisação em Mato Grosso segue uma greve nacional para a qual 27 instituições universitárias federais já sinalizaram apoio na última reunião do Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) em Brasília.

A greve perdura por tempo indeterminado enquanto o governo federal não chegar a um acordo com o sindicato nacional dos professores. Uma rodada em Brasília está marcada para amanhã, uma “reunião de enrolação”, segundo Eilert. “Já foram oito reuniões que não resolveram nada. Então, esta é mais uma reunião de enrolação!”.





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