O secretário de Estado da Educação Ságuas Moraes (PT), já começa a admitir seu retorno à Câmara Federal caso Homero Pereira (PSD), prorrogue licença por um período de 121 dias para dar continuidade ao tratamento de um câncer no estômago. No aspecto de gestão escolar a situação de Ságuas Moraes não é nada animadora. Ele inclusive já vem sendo chamado, principalmente no interior, de secretário “promessinha”, porque promete muito e não cumpre nada.
A situação de Ságuas Moraes vai piorando no setor educacional à medida que a imprensa vai divulgando o estado lastimável de muitas escolas que não têm carteiras, as instalações hidráulicas e sanitárias são precárias e falta até material de expediente. Em algumas delas, os alunos são obrigados a abrir guarda-chuvas para não se molharem e proteger seus materiais escolares quando chove.
Um dos piores exemplos de abandono da Educação em Mato Grosso é a Escola Estadual Mario Duílio Henry, no antigo assentamento Sadia, na região de Cáceres. Lá, “estudam” cerca de 150 alunos, mas eles não sentem muita vontade de ir para a escola, já que não há uma unidade de ensino decente. Ali, jovens ficam em três barracos à mercê da chuva e do sol escaldante. Isso porque a escola de verdade teve as obras iniciadas há dois anos e em 2012 a empreiteira do projeto largou tudo, deixando só as paredes erguidas. Professores dizem que até o momento não há previsão de as obras serem retomadas.
A situação de Ságuas à frente da Seduc pode se complicar porque ele já não é mais figura bem vista entre os deputados. Se forem consultados os 24 parlamentares, conta-se com no máximo um terço deles que apoiam o secretário. Há, inclusive, deputados que devem assinar um dossiê nos próximos dias apontando as irregularidades na Seduc, que vão desde denúncias de obras superfaturadas até a presença de empresas em nome de pessoas próximas à cúpula da secretaria. Isso quer dizer que o PT pode perder a secretaria que detém o maior orçamento do Estado.
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