sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ensino Médio Integral cresce 50% em Pernambuco




*Da Redação

O número de alunos que estudam no ensino médio de período integral em Pernambuco dobrou entre 2010 e 2011, alcançando 130 mil matriculas em escolas convencionais ou técnicas. Os dados são da Secretaria de Educação do estado e foram divulgados na última quarta-feira (2/2) pelo Jornal do Commercio, quando começaram as aulas na rede pública.

O aumento, segundo a secretaria, é resultado do programa de ampliação das chamadas “escolas de referência”, que oferecem educação em período integral ou semi-integral. Em 2011, 14 novas escolas da modalidade foram inauguradas, totalizando 174 de ensino médio convencional ou técnico. O número, porém, ainda é distante da meta do estado, que prevê alcançar 300 escolas integrais até 2014.

O programa começou em 2007, com o objetivo de reformar o ensino médio. Na época 20 escolas ofereciam ensino em tempo integral. “A estimativa é que 90% dos que concluírem o ensino fundamental poderão cursar o ensino médio integral ou semi-integral”, afirmou o secretário de Educação, Anderson Gomes, em entrevista ao Jornal do Commercio.

Pelo programa, uma escola de ensino médio que trabalha nos períodos tradicionais leva no mínimo três anos para se adaptar à modalidade, segundo a Secretaria de Educação. No começo da transição, apenas o primeiro ano do ensino médio vira de tempo integral. No ano seguinte, o modelo se estende para a segunda série do ensino médio, até chegar ao terceiro ano.

“O ensino integral, além de remunerar melhor, proporciona dedicação exclusiva do professor”, afirmou Cláudio Freire, diretor da escola semi-integral Clóvis Beviláqua ao Jornal do Commercio. O piso salarial dos professores de período integral é até 2,5 vezes maior que o piso de um colégio comum, segundo a Secretaria de Educação.

Para o estudante Carlos Romário de França Santos, de 16 anos, que estuda em período integral na Escola Técnica Estadual Maximiano Accioly Campos, o modelo é eficiente. “Pode até cansar um pouco, mas é construtivo. A Escola não está nos preparando só para o vestibular, mas para a vida”.

*Com informações do Jornal do Commercio e do Jornal O Globo

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