sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Conhecer a proposta pedagógica da escola do filho é fundamental

Rosângela Cadidé

Sou professora e mãe. É uma mistura um pouco complicada, porque sei que minha profissão vai influir na posição de mãe diante da escola de meu filho. É mais ou menos, assim: imagina um médico que leva o filho ao pediatra. Só o modo de examinar a criança, já mostra ao especialista como é aquele profissional. Para nós professores não é muito diferente.

Sei que essa relação casa e escola é bem complicada. Os nossos filhos ficam bastante tempo na escola, que acaba sendo uma segunda casa. E, de diversas maneiras, tem me chegado dúvidas de pais sobre esse assunto: Como se dá essa relação? Até que ponto eu ( pai ou mãe ) posso ir? O que posso ajudar sem interferir? Assim, escrevo o que acho numa mistura das duas visões: de mãe e de professora. Vamos lá?

Nós, pais, temos que participar da vida escolar dos filhos. Isso é um denominador comum. No entanto, devemos estabelecer limites desta participação. Até onde posso ir? Enquanto, nós, professores, temos que entender o que acontece na vida familiar do aluno para compreender o comportamento do menino em sala de aula. Mas também tem que haver limites. Até onde ir?

A vida escolar e familiar são as duas faces de uma mesma moeda. Porém, na maioria das vezes é complicado ver os limites que existem aqui e ali. Dessa forma, estamos - pais e professores -, na linha fina entre pecar por omissão ou por intromissão. Já vi muitos pais querendo dar sugestões, que nem sempre são bem recebidas nas escolas. Também, já observei muitos pais que diziam não terem tempo para a vida escolar do filho. Para esses últimos, alerto que tenham cuidado. Por vezes, não há necessidade da presença física na escola. Uma boa conversa perguntando como foi na sua escola, o que fez, o que aprendeu,… ajuda nesta participação. Dependendo da resposta, para quem conhece bem o filho, pode-se ver que algo está errado!

Se você é um pai responsável, ansioso por participar mais e dar um pouco de si para ajudar na vida escolar do filho, vá em frente ! Participe! Porém, voltemos a nossa pergunta inicial: Até onde eu, pai ou mãe, posso ir nas sugestões? Primeiramente, deve conhecer, de fato, a proposta pedagógica da escola do filho. Acredite, não é difícil de entender! Se você colocou o filho em uma escola com a linha tradicional; não vá dar ideias muito alternativas. Mas se a escola é mais liberal; não leve sugestões tradicionais.

Lembre-se: quando você conhece a proposta pedagógica da escola terá certeza de que colocou o filho naquela escola por acreditar naquele modelo de aprendizagem. Por isso, nunca tente remodelar a proposta. Por exemplo: se a proposta é ler 3 livros por bimestre, nunca peça para o filho ler 2. Essa é a proposta, tem algum objetivo por trás dela! Pergunte qual é esse objetivo, mas não mude a linha pedagógica. Assim, você irá somar e ser parceiro da escola do filho.

Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 11 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas(CEAM) e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com

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