segunda-feira, 31 de março de 2014

Resiliência pode ser aprendida na infância

Águeda Thormann - agueda.ise@gmail.com
Mestre em Mídia e Conhecimento e professo do curso de Pedagogia do Instituto Superior de Educação Nossa Senhora de Sion.

Intolerância, brigas violentas, crimes. Em tempos de muitas adversidades, ser resiliente –conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas (choque, estresse etc.) – se tornou uma característica importante pessoal e profissionalmente. Muitos não sabem que a resiliência pode ser ensinada, inclusive para crianças. Superar frustrações, entender que pode estar em risco, perceber seus comportamentos e reações são coisas que as crianças podem fazer, se orientadas pelos responsáveis e aceitas no meio em que vivem.

Alguns pontos favorecem o desenvolvimento da resiliência e o papel dos pais neste processo é muito
importante. É fundamental que a criança seja bem vinda e desejada na família. Outros pontos são o entusiasmo, a forma otimista de encarar os fatos, e passar por frustrações. O adulto resiliente com certeza foi exposto a frustrações na infância. Os pais precisam entender que tirar todas as pedras do caminho do filho é um desserviço. Deixar que o filho se frustre e mostrar como ele conseguiu vencer essa etapa é o que fará a diferença em sua formação. O reforço positivo é outra ferramenta importante na formação da autoestima.

Engana-se quem acha que resiliência é algo que se adquire e faz com que a pessoa haja da mesma forma em todas as situações. Isso não é verdade, pois crianças e adultos podem ser resilientes em casa, mas não tolerarem nenhuma situação adversa na escola ou no trabalho, por exemplo.

A chegada da adolescência faz com que atitudes resilientes se tornem ainda mais importantes, pois o resiliente, em geral, não se coloca em situações perigosas ou vulneráveis. O adolescente que possui esta característica avalia as situações sem se alienar. Além disso, ele se conhece, percebe a si mesmo e os outros e se torna capaz de analisar antes de agir. Isso vale para ofertas de drogas, má influência de amigos e comportamento na internet.

Alguma ações para ajudar seu filho a se tornar resiliente:
- Desejar o filho é o ponto de partida;
- Oferecer amor e presença. Pessoas resilientes foram muito amadas na infância;
- Participar ativamente da vida de seu filho;
- Colocar-se a serviço da criança, disponível para as necessidades que ela tem;
- A escola oferece o estímulo à parte cognitiva. Escolha uma boa escola, que estimule adequadamente seu filho;
- Seja você uma pessoa resiliente. Para desenvolver o auto conhecimento e a estruturação a criança busca nos modelos que ela possui.

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