quarta-feira, 2 de abril de 2014

O Bom Educador


 
Por Cândida Moraes e Marta Leonora Bernardelli

O que mais nos coloca em “xeque” é a prática pedagógica e o grupo social em que percebemos o nosso trabalho. Para ser um bom profissional em qualquer área de atuação devemos nos dedicar, gostar do que desenvolvemos e lidar com o ser humano, em formação dentro da diversidade cultural e econômica das sociedades, se torna um desafio ainda maior.
A ampliação do papel do educador começa com a necessidade de que não se perca o interesse de sempre querer aprender, característica encontrada nos verdadeiros “mestres”, educadores que se reconhecem como sujeitos que aprendem quando ensinam, buscando sempre refletir sobre suas práticas.  Se o educador tinha como papel principal ser o responsável pela transmissão dos saberes, agora ele precisa assumir o papel de mediador, orientador, promovendo discussões e estimulando a reflexão sobre as informações obtidas em todas as formas de recursos disponíveis na sociedade.
É fato que os tempos mudaram. O bom educador não é mais o mesmo de antes. Transformou-se em um profissional que necessita estar em sintonia com a nova realidade em diferentes ambientes escolares. Surge então o novo educador, o que apresenta radicalmente um perfil bem distante do perfil tradicional. Não vamos longe para lembrar que os alunos atualmente se comportam de maneira mais ativa, são mais ativos, pois estão mais conscientes do longo caminho de aprendizado e entendem a importância de sua participação na busca do conhecimento.
O novo perfil do bom educador  deve estar pronto para percorrer as disciplinas de forma a observar e receber as novas ideias, e ter a visão do que se quer e o que a tecnologia consente alcançar. Ser colaborador, ser líder com metas e objetivos claros, assumir riscos, render-se ao conhecimento dos educandos, absorver experiências e adaptar-se a mudanças de cenários são atitudes que hoje fazem parte desse novo perfil. E quais seriam as características da aula do bom educador?
A aula é vista como potencializadora da interação entre sujeitos, uma oportunidade de troca de ideias troca de ideias, de experiência, de muita leitura por parte do aluno, interação escrita, flexibilidade quanto ao estudo, maior responsabilidade e disciplina do discente. Mais ainda é interesse e organização do aluno; autodisciplina, ter ao seu alcance a diversificação e atualização do material didático, sobretudo, constituir-se no acompanhamento, motivação e preparo do professor. Não devemos esquecer que, em resumo, a aula é um sistema aberto, flexível, com práticas individuais e coletivas, que respeita o ritmo de trabalho de cada um. Uma construção assim perpassa por uma atuação mais ativa no processo educativo e vão além das condutas reducionistas.
Devemos nos entender como elementos fundamentais na formação de nossos alunos que experimentam conosco não somente o conhecimento formal, mas também os ensinamentos de respeito, responsabilidade, socialização, entre outros tão ou mais importantes. As demandas sociais não podem transformar o educador em um profissional sem paixão pela sua profissão, sem respeito pelos seus colegas ou instituição que representa.
O educador que trabalha pela excelência traz em sua prática não só o conhecimento adquirido nos assentos da faculdade e livros didáticos. Se constitui na troca de informações com os colegas, o planejamento das ações de trabalho, estudos constantes e a crença de que o aluno é capaz de aprender. Ao novo educador cabe então a tarefa de reescrever o conceito de profissional da educação. Por fim, um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender (Augusto Cury).

Nenhum comentário:

Postar um comentário