segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Escolas mostram realidades opostas às vésperas do ano letivo



Sérgio Edison de Tangará da Serra


A Escola Estadual Vereador Manoel Marinheiro, no Jardim Rio Preto, esbanja vigor estrutural e ainda cheira a prédio novo. Fundada em 1989 e reinaugurada em maio de 2010 - após completa remodelação que custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres do governo estadual -, a escola está pronta para receber os alunos na abertura do ano letivo, dia 14.

Segundo as professoras Elisabet Lorenzon e Vilma Ferreira Barbosa da Silva, coordenadoras do educandário, cerca de 700 alunos terão aulas em 11 salas climatizadas. “Ainda há algumas vagas, principalmente no período noturno e no EJA (Educação para Jovens e Adultos)”, disse a professora Elisabet. A escola conta ainda com biblioteca climatizada com cerca de 3.000 volumes, salas de vídeo e projetos, espaço multifuncional para alunos especiais e um laboratório de informática com 26 computadores.

A cozinha é modelo e atende integralmente aos padrões exigidos pela fiscalização sanitária. Falta, porém, a cobertura da quadra de esportes, e não há previsão para tal obra. Já na semana passada, a escola havia revisado todos os seus aparelhos de ar-condicionado e sistemas elétrico e hidráulico. Faltava apenas aparar o gramado e ajeitar os canteiros. Quando o DS visitava a unidade escolar, parte dos 34 professores se concentrava na preparação das aulas e discutiam a decoração das salas.

Além das disciplinas curriculares, a escola oferece aos alunos os projetos “Volei Kids” (esporte), “Do-ré-mi-flauta” e aulas de violino (música), “Literatura Viva” e teatro (cultura), “Pré-jovem” (formação humana) e “Cuida Bem de Mim” (meio-ambiente). O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) saltou de 3,8 pontos em 2007 para 5,1 (séries iniciais) e 4,7 pontos (finais) em 2009.

Se na Escola Manoel Marinheiro a situação é das melhores, o mesmo não se pode dizer do Centro Municipal de Ensino Fundamental Sílvio Paternez, escola da rede municipal localizada no Jardim 13 de Maio (limite com Vila Horizonte).

Maior escola do ensino fundamental no município, a Sílvio Paternez se ressente de uma melhor estrutura física e não consegue atender a demanda. São 1.200 alunos já matriculados e outros 70 aguardando vagas numa lista de espera. Há reformas por fazer nos pavilhões e em cada uma das suas 20 salas e faltam carteiras escolares. “Aguardamos a autorização das reformas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura”, disse professor José Fernandes, diretor do educandário.

Há ainda problemas graves na parte elétrica, o que tem causado danos em equipamentos - como os condicionadores de ar - e luminárias. Os reparos, segundo Fernandes, estão orçados em R$ 17 mil, mas ainda não há qualquer sinalização da Semec. A escola também não dispõe de biblioteca. Há apenas um amontoado de livros num espaço improvisado que impossibilita as atividades de pesquisa dos alunos.

A escola conta com uma boa quadra esportiva coberta, mas há reparos aguardados na quadra pequena, muito utilizada pelos alunos. “Vieram aqui, quebraram o piso da quadra pequena e disseram que iriam reformar, mas não terminaram e a quadra está inutilizada”, reclamou José Fernandes. O serviço teria sido iniciado e não concluído por uma empresa contratada pelo município.

Entre os aspectos positivos, além da boa quadra coberta, há de se considerar o espaço da cozinha, considerado razoável pela direção. Telhado e forro também estão em boas condições, e já há trabalhos de dedetização e limpeza na escola. Os 1.200 alunos já matriculados serão divididos em 40 turmas nas 20 salas, nos turnos matutino e vespertino. O corpo docente da unidade escolar é formado por 57 professores. Além do currículo tradicional, a escola realiza os projetos extra- Curriculares “Capoeira”, “Lendo e escrevendo somos mais” e “Tocando a Vida” (aulas de flauta). Este ano deverá ser reativado na escola o programa “Proerd”, numa parceria com a Polícia Militar. Quanto ao Ideb, a escola vai bem. Os índices de 3,6 e 3,8 nas séries iniciais e finais, em 2007, saltaram em 2009, respectivamente, para 4,8 e 4,9 pontos.

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