quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Notícia sobre ensino



Professores do município relatam experiências bem sucedidas em Português e Matemática


Da assessoria

O resultado da formação em Língua Portuguesa e Matemática, oferecida aos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Cuiabá, foi apresentado hoje (09-02) pela manhã no Seminário Municipal Pró-Letramento (Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental), realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso.

O Pró-Letramento oferece formação continuada aos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental na área de Linguagem e Matemática, realizada em parceria com o MEC e Universidades Públicas do país e visa a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática.

Integrante do movimento Todos Pela Educação, que congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos com a meta de contribuir para que o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à Educação Básica de qualidade, o programa é uma das ações para cumprir a meta prioritária dessa mobilização, que é alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade.

Desenvolvido nas modalidades presencial e a distância, Pró-Letramento é acompanhado por professores orientadores, denominados tutores, e oferece ao cursista a possibilidade de aplicar os conhecimentos obtidos nos encontro em sala de aula e, posteriormente, a reflexão coletiva sobre a prática docente, em encontros quinzenais.

No ano passado, 419 professores participaram das qualificações em linguagem ou matemática. Este ano, haverá revezamento entre esses mesmos docentes nas duas áreas de conhecimento trabalhadas no curso.

Presente ao evento, a secretária adjunta de educação da capital, Cilene Maciel, afirmou que, muitas vezes, os professores precisam vencer a resistência em admitir as dificuldades no que se refere à própria formação. “Quando nos abrimos para isso, o conhecimento e as reflexões sobre a nossa prática docente também se ampliam”.

A secretária também chamou a atenção para a qualidade das capacitações oferecidas aos professores da rede, atribuindo isso à avaliação sistemática por que passa a aprendizagem dos estudantes do município. “Hoje sabemos pontualmente as dificuldades de cada aluno, pois a avaliação interna que implementados, fornece esses dados de forma individual e particularizada. Ela também nos mostra quais as potencialidades e necessidades formativas dos nossos profissionais”, analisou.

De acordo com a coordenadora de formação da SME, Elenir Honório do Amaral, o Pró-Letramento é uma das capacitações que contribuíram para o avanço na melhoria da qualidade de ensino na rede, conforme revela a Provinha de 2010

Segundo ela, em 2010, as formações estão mais específicas, pautadas nos resultados dos exames internos aos quais os alunos foram submetidos. “Em 2010, desenvolvemos capacitações mais voltadas para o nivelamento da rede. Este ano, vamos trabalhar com qualificações mais específicas, tendo como referência os resultados que obtivemos nas avaliações”.

Cursista do Pró-Letramento na área de Matemática, a professora Ivani Xaxier Ramos, da escola municipal Bom Bosco do Praeirinho, no bairro Praeirinho, falou do trabalho realizado com seus alunos do 1º ano com a capacitação que recebeu. “Muitas vezes, a dificuldade não é das crianças em aprender, mas nossa em ensinar. E, para nós, o aluno é o mais importante nesse processo”, disse.

Noções de espaço, forma, simetria e fração foram desenvolvidas em sala, de acordo com Ivani, de forma mais significativa e prazerosa para ela e para os estudantes. “Trabalhamos com situações reais do cotidiano. Isso contribuiu muito para o aprendizado”.

Romper barreiras e preconceitos. Esse, segundo a coordenadora da escola Pedrosa de Morais e Silva, no bairro Novo Paraíso, Maria Madalena Fernandes, foi o maior aprendizado do Pró-Letramento. “Muitas vezes, temos paradigmas dentro da nossa prática cotidiana que nos impedem de inovar. Esse curso nos mostrou, por exemplo, que podemos ensinar as quatro operações fundamentais de matemática de forma concomitante, e não por sequência, como fazemos”.

Outra experiência interessante apontada pela coordenadora foi o trabalho em grupo e a utilização de materiais concretos nas aulas. “Tudo isso contribuiu para que tenhamos mais subsídios e trabalhemos de forma mais segura. O importante é não se recusar a rever os próprios conceitos”, finalizou.

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