Rosângela Cadidé
O Ministério da Educação avaliou 2.176 instituições de ensino superior, sendo 229 públicas e 1.947 privadas, centros universitários e faculdades. Ao anunciar os indicadores de qualidade, o ministro Fernando Haddad afirmou que a qualidade do ensino está melhorando. A avaliação gerou o Índice Geral de Cursos (IGC) por instituição, com notas de um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
No quadro de notas obtidas pelas 2.176 instituições, 27 delas alcançaram cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 obtiveram nota quatro (65 públicas e 66 privadas) que não obtiveram o Conceito Preliminar de Curso (CPC) por não atender a um ou mais itens dos oito, medidas de cálculo e ficaram sem conceito. O CPC é uma nota aferida pelo MEC e varia de 1 a 5; indicativo importante pois orienta visitas in loco feitas pelo Inep às instituições.
Sete centros universitários e uma universidade com baixa qualidade e avaliação insatisfatória estão perdendo sua autonomia. Não podem abrir cursos sem autorização do MEC, nem novas vagas. Essas medidas também valem para as instituições de ensino superior que oferecem educação a distância, pois segundo o ministro é uma maneira de impedir que essa modalidade importante para a democratização do acesso à educação superior sofra com problemas de qualidade, principalmente, porque o sistema está em forte expansão.
O ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), de certa forma, representa um avanço em relação ao antigo Provão (aplicado anteriormente nas instituições superiores), pois analisa não só os conhecimentos da formação específica, mas também os da formação geral. Além disso, as instituições podem utilizar os resultados do ENADE para fazer uma análise mais ampla dos cursos que elas oferecem, e, desse modo aperfeiçoar os seus projetos.
Do outro lado estão os problemas quanto ao ENADE, que levam muitos estudantes a ser contra. Dentre eles, os resultados, que deveriam ser divulgados para que cada instituição melhore seu projeto pedagógico tornando-o cada vez mais eficiente, e para que as entidades superiores competentes possam analisá-los e intervir em prol de melhorias. Mas, não é o que tem ocorrido. Os resultados são utilizados para estabelecer um ranking entre as instituições, o que não é o objetivo do exame. O que vemos com frequência são propagandas de mercado, como: “venha estudar na universidade... conceito 4 do MEC, etc... Outros problemas se somam como, por exemplo, uma prova única tanto para os ingressantes quanto para os concluintes.
As opiniões a respeito dos pontos positivo e negativo do ENADE se divergem. São notáveis os problemas no método, mas temos que admitir que evoluções estão ocorrendo no tocante a qualidade de ensino oferecido nas universidades brasileiras É importante ressaltar, que a luta por um método de avaliação de boa qualidade que demonstre as necessidades de nossas universidades deve ser constante.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas(CEAM) e escreve neste blog às sextas - rosangelacadide@hotmail.com
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