terça-feira, 17 de abril de 2012
MT- Mais de 26 mil vão às urnas nesta 4ª; 3 estão no páreo para reitor
Valérya Próspero
Mais de 22 mil alunos, 1600 professores e 1650 técnicos administrativos, totalizando quase 26 mil eleitores escolhem nesta quarta (18) o novo reitor da UFMT. O processo ocorre a cada quatro anos e o gestor tem direito à reeleição. A atual reitora, Maria Lucia Cavalli Neder, busca continuar no cargo com a chapa “A UFMT é você, somos todos nós!”. Ela tem como adversários os professores Edinaldo de Castro e Silva, pelo grupo “Renovar para Avançar”, e Fernando Nogueira, que já comandou a universidade e tenta retornar com a chapa "UFMT em 1º Lugar”. A corrida às urnas promete movimentar a UFMT. A campanha eleitoral foi marcada por debates e andanças dos candidatos pelos campi para angariar votos.
O professor Edinaldo avalia que seu grupo cresceu muito nos últimos dias e a comunidade universitária começou a compreender suas propostas e sugestões. Segundo o professor, as principais diferenças de seu plano de gestão em relação ao dos adversários são as propostas de descentralização e humanização da UFMT. “Vamos valorizar as pessoas, as condições de base dos professores e as políticas estudantis”.
O professor e ex-reitor da instituição Fernando Nogueira também está empolgado com o resultado da campanha. Confiante, ele espera que a chapa vá para o segundo turno. “Soa arrogante dizer que se ganha em primeiro turno. Para o segundo ainda vai haver 3 semanas de debate”. Nogueira aponta três pontos como principais diferenças das propostas do grupo: a necessidade de humanização dos espaços; a garantia de expansão da instituição priorizando a qualidade; e a igualdade no apoio às pesquisas de pós-graduação e extensão em comparação aos outros seguimentos.
Ambos os candidatos não acreditam que o escândalo envolvendo a reitora Maria Lúcia, no qual teria pedido ao ex-presidente da OAB, Francisco Faiad, que emitisse nota de apoio à reitora nas eleições de 2008 para acalmar os ânimos na instituição. Em troca, Faiad seria beneficiado no processo licitatório da universidade, mediante carta-convite, para contratação de escritório de assessoria jurídica pela Uniselva. “Acho que não vai haver julgamentos. Os escândalos são coisas paralelas e não vejo relação direta com a campanha”, avalia Edinaldo. Nogueira, por sua vez, revela que não escuta nada sobre o assunto nas salas de aula ou em reuniões. “Agora o assunto tem sido alvo em redes sociais, que alcança o mundo digital, mas não acredito que isso será decisivo”.
A eleição na Instituição é realizada por meio de consulta. A paridade acordada entre professores, técnicos e alunos é de um terço para cada esfera. A legislação federal ainda prevê que nas eleições nas universidades seja adotado o critério de valorizar o voto dos professores em 70%, 15% para técnicos e 15% para alunos.
Também deveria ser enviada ao governo federal uma lista tríplice com o nomes dos três mais votados para a presidente Dilma Rousseff (PT) fazer a escolha, mas a questão também é acordada e os candidatos que não vencerem o pleito tem o compromisso de não colocar o nome na lista. A situação é reconhecida pelo Governo. O RDNews tentou entrar em contato com a reitora por meio de sua assessoria para divulgar sua avaliação, mas ela não retornou nenhuma das ligações.
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