segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Professora da UFMT lança livro sobre Raul Seixas


Da Asssessoria/Ascom

O Programa de Pós-Graduação em Cultura Contemporânea (Ecco) juntamente com o Pavilhão das Artes, lançam no dia 23 de agosto, às 19h, no Salão Nobre do Palácio da Instrução, o livro “A Chave da Sociedade Alternativa”, publicação sobre Raul Seixas, de autoria da professora Juliana Abonízio, do Departamento de Sociologia e Ciência Política e do Ecco. Dia 21 de agosto completam-se 23 anos da morte de Raul.

O livro é fruto de um trabalho de pesquisa onde a autora recorreu a uma multiplicidade de fontes, como observação participante em alguns espaços ocupados pelos “raulseixistas”, definição que se dá ao público formado por fãs que, além de admirarem a produção do cantor, transformam suas vidas, estabelecem relações com seus pares, distanciam-se de outros e criam sociabilidades próprias, articulando-se no tecido social de uma forma específica.

Além da observação participante, Juliana Abonízio buscou entender essa visão de mundo através de entrevistas com pessoas destacadas nesse universo, como divulgadores, sósias e presidentes de fã-clubes. Também analisou centenas de cartas enviadas por fãs ao RRC, o maior e mais antigo fã-clube de Raul Seixas. Através do amplo material coletado e de uma metodologia sensível e perspicaz, a autora traduz o universo estudado e estende as suas conclusões à totalidade multifacetada da cultura contemporânea.

Na ocasião do lançamento do livro, os presentes poderão conversar com a autora sobre o processo de elaboração do livro. A entrada é gratuita.

O prefácio da obra diz que “após 22 anos da morte de Raul Seixas, suas músicas permanecem graças ao trabalho de milhares de fãs que tomam sua obra como guia para ação e reflexão. Sem anacronismos, os sonhos e os delírios cantados por Raul Seixas são reapropriados e adotados como estilo de vida; a sua ideia de uma metamorfose ambulante cai como uma luva em tempos de identidades fluidificadas. Exemplares idealtípicos dos sujeitos pós-modernos, os raulseixistas revelam uma insatisfação com o existente e uma recusa às tentativas de transformação macroscópica. Antes, retomam os instantes, buscando no presente uma soberania, conjugando um ideal autônomo com uma crença no destino e defendendo-se, enquanto grupo, na negação da morte de Raul Seixas, no vislumbre de um disco voador e no sonho de uma Sociedade Alternativa”.


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