segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Professores vão fazer exame de ingresso na carreira este ano

Lusa / EDUCARE


Os professores com menos tempo de serviço vão realizar este ano civil uma prova de avaliação que terá influência no concurso de colocação, com vista a selecionar os melhores docentes, afirmou hoje o ministro da Educação.

Nuno Crato respondia a perguntas dos jornalistas no final de um almoço do American Club, em Lisboa, em que falou das medidas que o Governo tem estado a desenvolver na área da educação.

Os moldes em que a prova vai ser aplicada estão ainda a ser discutidos pela equipa de Nuno Crato, que admite, no entanto, dispensar daquele exame "professores com um determinado tempo de serviço", tal como chegou a ser equacionado pela tutela de Maria de Lurdes Rodrigues.

Durante o discurso que proferiu perante a plateia de convidados, o ministro sublinhou que a peça principal do ensino são os professores e que estes só podem ensinar bem se dominarem o conhecimento das matérias que têm de transmitir.

De acordo com Nuno Crato, não basta aumentar a escolaridade obrigatória e pôr mais dinheiro na educação para melhorar a qualidade do ensino.

Aos jornalistas, Crato afirmou que estão a ser introduzidas algumas mudanças em relação ao recrutamento e à formação inicial de professores.

"Queremos dar, na formação inicial de professores, mais peso aos conteúdos. Ninguém pode ensinar muito bem se não dominar aquilo que vai ensinar. E estamos a introduzir uma prova de acesso à carreira docente, que, aliás, está na lei, mas que vai este ano ser implementada", indicou.

Os professores do quadro não terão de se submeter a esta avaliação, mas "para entrar na profissão, em termos definitivos, vai haver uma prova de acesso", garantiu o ministro.
Nuno Crato referiu também a autonomia que progressivamente está a ser dada às escolas e manifestou o desejo de a ver reforçada.

"Estamos a reforçar os contratos de autonomia, têm sido experiências muito positivas", disse, acrescentando que, havendo ainda concursos nacionais, a equipa que dirige gostaria também que "houvesse uma maior autonomia das escolas na contratação de professores".

São questões que, segundo o ministro, têm de "ser resolvidas a pouco e pouco".

Aos participantes no evento, Nuno Crato disse que o Governo está empenhado em reforçar os conhecimentos dos alunos nas matérias essenciais e selecionar os melhores professores para melhorar a qualidade do ensino.

"A peça essencial que garante a qualidade do ensino chama-se professor. Sem bons professores é muito difícil ter sucesso no sistema de ensino", afirmou, destacando: "Estamos a dar uma grande atenção à formação inicial de professores, avaliação e seleção. Queremos que os professores que vão ensinar sejam aqueles mais bem preparados."

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