quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Defensor pedirá um salário mínimo para cada prejudicado no Enem

 

Ação da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro que pede indenização
por problemas vale para todo o País

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo 
A Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro vai pedir indenização de um salário mínimo aos prejudicados por falhas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) que não puderem fazer a segunda prova.

Baseado em 4 mil emails recebidos pelo órgão com relatos de erros, o defensor público André Ordacgy vai mover ação contra o governo, a gráfica RR RR Donelley e o consórcio responsável pela prova Cespe/Cesgranrio por dano moral.

A ação deve ser ajuizada em uma semana e caso seja acatada pela Justiça, valerá para todo o País. Segundo Ordacgy, o valor solicitado aos candidatos é simbólico, mas deve causar “prejuízo educativo” para os responsáveis. “Ninguém vai ficar rico com essa indenização, mas como são milhares de casos, o montante será um prejuízo significativo para os organizadores”, diz.
A ação será embasada na “teoria da perda de uma chance” e no fato de que os candidatos poderiam ter ingressado em uma faculdade ou conseguido financiamento estudantil com o resultado da prova, que pode ter sido alterado pelos problemas no exame. Casos contemplados pelas medidas tomadas pelo Ministério da Educação

A Defensoria também abriu nesta terça-feira o email enem2010@gmail.com para
receber relatos de outros prejudicados que poderão reforçar a ação.

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