O convite partiu do gerente de Formação e Profissionalização do Centro, Adelino Joaquim Lopes Filho, ao constatar a existência de homossexuais no local e a necessidade dos novos servidores aprenderem sobre a diversidade sexual. Para o gerente, os funcionários precisavam aprender mais sobre a homossexualidade e suas manifestações para poder lidar com as situações do dia-a-dia do trabalho que terão pela frente.
Para a presidenta da Comissão Temática da OAB/MT foi mais uma oportunidade de promover conhecimento e o respeito humano. “Fiquei muito feliz com o convite porque percebi que a Diretoria do Centro Sócio Educativo de Cuiabá está disposta a encarar de frente tudo o que acontece dentro daqueles muros”.
Conforme Danielle Garcia, durante três horas a plateia participou ativamente das discussões e se mostrou muito interessada no desenvolvimento dos trabalhos no combate da homofobia, das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids. Essa é mais uma preocupação dos profissionais que atuam no Pomeri pelo fato de que o confinamento acaba também colaborando para que os adolescentes se relacionem sexualmente.
Entre as preocupações apresentadas à representante da OAB/MT pelos participantes estava o fornecimento ou não de preservativos (camisinhas) aos jovens internados. Para Danielle Garcia esse é um fato a ser estudado com urgência pelo Estado, por meio de uma equipe multidisciplinar. “O que não pode é o Estado fingir que não sabe que lá dentro acontecem relações sexuais - sem a devida prevenção, o que muitas vezes traz surtos de sífilis, como em um dos exemplos que me foram narrados”.
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