Folha de S. Paulo
A prova aplicada para professores temporários da rede estadual de São Paulo no final do ano passado teve até 20% das questões com erros na elaboração. Cerca de 161 mil professores fizeram a avaliação, segundo a Secretaria Estadual de Educação. Os aprovados se tornam aptos a lecionar durante este ano letivo.
Professores de psicologia (que podem lecionar na área de ciências, por exemplo) tiveram 16 das 80 questões do teste erradas. De educação física, 13; de sociologia, 5; e de ciências físicas e biológicas e de matemática, 4 cada. Todos os outros 18 tipos de prova, no entanto, tiveram duas questões da prova de formação básica erradas.
Essas questões serão consideradas corretas, o que deve aumentar o número de docentes considerados aprovados nessas áreas. Isso porque para ser aprovado o candidato precisa ter acertado ao menos 40 questões das 80 da prova. Quem tiver 32 acertos e pelo menos cinco anos na rede também será aprovado porque os oito pontos faltantes são completados pelo tempo de serviço. Assim, o professor de psicologia que tiver cinco anos de trabalho só precisará ter acertado outras 16 questões. E o de educação física, 19.
"Isso torna a avaliação desproporcional. Vamos conversar com o governo sobre isso", afirma Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo).
As provas foram aplicadas pela Fundação Carlos Chagas, que recebeu do governo R$ 7,8 milhões para um "pacote" de avaliações -além da prova para os professores temporários, a avaliação aplicada na última etapa do concurso para a contratação de professores e a prova de promoção por mérito -que determina o aumento que será dado aos docentes.
Os professores temporários podem escolher as aulas que sobram após a escolha dos professores efetivos. No ano passado, eles correspondiam a 46% do total da rede.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Prova para docente em SP tem 20% de erros
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