terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ano letivo em MT começa com falta de professores e reclamações de interinos

Jonas Jozino
Da Redação


Confusão, empurra-empurra, nervosismo, ansiedade, esperança e frustração total. Foi assim a presença de professores interinos na Assessoria Pedagógica da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso, local para onde os professores foram mandados para a escolha de aulas na rede estadual com escolas em Cuiabá e Várzea Grande.

Centenas de professores estiveram logo cedo na assessoria estadual, instalada no bairro do Porto. Depois de muita espera, reclamações e um calor infernal foram obrigados a deixar o local sem nenhuma perspectiva de trabalho, enquanto que as escolas, que retomaram as aulas nesta segunda-feira estão com poucos professores em suas salas de aulas.

Um professora interina, incrédula com o atendimento dos assessores pedagógicos, em telefonema ao portal de notícias “24 Horas News” disse que a desorganização da Seduc é intensa. “Ninguém sabia dar nenhuma explicação para nós que fomos mandados até o local para escolhermos escolas para trabalhar”, disse indignada após ter sido informada eu os professores deveriam ir para suas casas e aguardar a chamada por telefone.

Ela lembrou que a normativa da Seduc não indicava que os professores interinos deveriam ser lotados na Assessoria Pedagógica, ao contrário de anos anteriores quando eram lotadas na própria escola. “A normativa é clara e determinou que nós, professores interinos, fizéssemos a contagem de pontos na escola. Ora, sendo assim deveríamos resolver nossos problemas na própria escola”, disse.

Um diretor, de um estabelecimento de ensino de Cuiabá, procurado pelo Portal e que pediu para não ter seu nome identificado saiu em apoio ao professores interinos e criticou a forma como a Seduc está agindo. “Este pessoal em vez de facilitar só complica. Estão obrigando que o professor só poderá ser contratado na escola se ele puder pegar um mínimo de 15 horas/aulas. Ora isso é desumano. Nem todas as matérias ministradas contam com 15 aulas semanais. Não dá para entender o que estão querendo. Estamos iniciando o ano letivo com poucos professores”, disparou.

Uma outra professora disse que nem mesmo a Assessoria Pedagógica se preparou para receber os grande número de professores interinos de Cuiabá e Várzea Grande. Tanto que uma das assessoras pedagógicas disse que estava aguardando informações da Seduc e do secretário Ságuas Moraes para saber o que será feito com os interinos e como serão preenchidas as aulas em aberto em todas as escolas. “É ano eleitoral. Este governo está fazendo isso para favorecer seus afilhados políticos”, disparou uma professora, reclamando que o governo não está preocupado com a qualidade do ensino em Mato Grosso.

Na assessoria, depois de muita confusão a informação era de que todos os professores serão colocados em listão e que só após este procedimento serão chamados. O problema é que estes interinos contaram pontos nas escolas em que trabalhavam e eles temem como será a contagem a ser feita pela assessoria e quanto tempo isso vai levar, em virtude do grande número de interinos.

Sem professores para a maioria das matérias, as escolas neste início de ano letivo foram orientados a iniciar as aulas com “jogos lúdicos”

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