sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MT- Falta de professores, carteiras e transporte escolar atrasam início das aulas

Sinézio Alcântara
de Cáceres



Cerca de 5 mil e quinhentos alunos, equivalente a 50% das matriculas da rede pública estadual, em Cáceres, não voltaram às aulas no dia 6 de fevereiro, data prevista no calendário da Secretaria de Estado de Educação. A falta de professores, carteiras e transporte escolar, atrasaram o início do ano letivo em oito das 17 escolas estaduais no município. Em algumas unidades escolares, como por exemplo, a União e Força, São Luiz e CEOM, escolas tradicionais da cidade, onde existem cerca de duas mil matriculas, faltam professores e, principalmente, carteiras para a metade dos alunos.

A situação é ainda mais complicada nas escolas João Florentino e Mário Duílio Neto, localizadas no distrito do Caramujo, onde existem cerca de 600 alunos matriculados. Por falta de transporte escolar, a previsão é de que, somente, no dia 5 de março, as aulas serão iniciadas. Apesar da falta de estrutura da maioria dos estabelecimentos, a Superintendência de Educação, determinou o início, imediato, das aulas. Ontem, a previsão era de que as escolas Rodrigues Fontes e Demétrio Costa Pereira, dariam início no ano letivo, mesmo em situação precária.

Assessor Pedagógico, Cícero Elivaldo Gonçalves, confirmou o atraso do início do ano letivo no município. Admitiu a carência de professores para a maioria dos estabelecimentos educacionais, bem como a falta de transporte escolar para os alunos das escolas do distrito do Caramujo. Porém, justificou que, a falta de professores está sendo contornada com o “fechamento do quadro de atribuição (contratação), principalmente, de profissionais para o ensino médio e profissionalizante”.

No que se refere à falta de carteiras, Gonçalves disse que a previsão é de que a Secretaria de Estado de Educação, envie para as escolas de Cáceres, no mês de abril, 1.200 unidades. E, enquanto isso revelou, a Assessoria Pedagógica, firmou um acordo com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) na qual a IFMT e Unemat se comprometeram a cooperar cedendo 200 e 300 carteiras, respectivamente, para as escolas mais necessitadas. Mesmo, assim segundo ele, o número de assentos ainda não será suficiente.

Cícero Gonçalves explica que, a falta de transporte escolar para os alunos das escolas do distrito do Caramujo, será resolvida no final do mês de fevereiro, quando o município fará a licitação do serviço. “Existe um Termo de Cooperação Técnica, no qual o município ficou incumbido de bancar o transporte escolas dos alunos dessas escolas. A informação que temos é de que, somente no final do mês de fevereiro será realizada essa licitação. Portanto, a previsão é de que, as aulas no distrito só comecem no início de março”.

Além da falta de professores, carteiras e transporte escolar, o assessor não descarta problemas menores como a precariedade das instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias de vários estabelecimentos. “Infelizmente esses problemas são antigos e ainda não foram resolvidos. As escolas não receberam recursos para esses reparos. Creio que esses problemas não irão atrapalhar o reinício das aulas”.

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