“Ainda é preciso vencer o preconceito. A inclusão não é simples de ser praticada”.
Patricia Neves / Assessoria Seduc-MT |
Profissionais da Educação e Saúde aprofundam conhecimento em Síndrome de Down |
Sueli é mãe do estudante Victor Henrique, 16, aluno
da 2ª fase do 2º Ciclo da Escola Estadual Ulisses Cuiabano. “O primeiro
impacto ao saber da doença de um filho é grande. Vivenciei o luto
daquele momento, mas percebi que tinha um filho pra criar e como
qualquer criança, ele precisa de estímulo. Victor é uma criança
expansiva, de fácil integração e muito esperto. Encontrei na escola
pública profissionais apaixonados pela causa, que se esforçam
diariamente”.
A opção pela rede pública veio com a constatação de
que as escolas particulares que frequentou não priorizaram o respeito às
especificidades. “Meu filho convivia com crianças de sete anos. Era
cerceado da convivência com crianças maiores, pré-adolescentes e quando
solicitei a mudança, ela foi recusada. A inclusão não aconteceu na
prática e ele passou a rejeitar a escola. Hoje a situação é diferente”,
finaliza.
A educação inclusiva, na opinião da coordenadora
pedagógica Zara Estela Dias, da Escola Estadual Ulisses Cuiabano
“possibilita aprofundamento sobre as teorias” que termina
potencializando o processo de ensino aprendizagem.
A coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico para
Deficiência Intelectual (Napdi), Deglene Brito, avalia que “toda
criança tem características e necessidades únicas. Em todas há potencial
de aprendizado. Hoje percebe-se que a criança deficiente é menos
privada de estímulos, mas ainda há a super proteção de muitos pais, além
do desconhecimento”.
Para reverter esse cenário, a Secretaria de Estado de
Educação por meio do Casies oferta a ‘Escola de Pais’, que possibilita a
realização de cursos, bem como a troca de experiências, e o contato
direto com uma equipe multidisciplinar. As reuniões são realizadas
semanalmente.
Mato Grosso investe na formação continuada dos
profissionais - só no ano passado foram mais de 300 qualificados -,
além de possibilitar a criação de ambientes mais humanizados, dentro de
uma pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer suas
necessidades, por isso são mais de 400 salas de recursos multifuncionais
instaladas no Estado.
PATRÍCIA NEVESAssessoria Seduc-MT
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