sábado, 23 de março de 2013

MT - Profissionais da Educação e Saúde aprofundam conhecimento em Síndrome de Down


“Ainda é preciso vencer o preconceito. A inclusão não é simples de ser praticada”. 
Patricia Neves / Assessoria Seduc-MT
Profissionais da Educação e Saúde aprofundam conhecimento em Síndrome de Down
O depoimento é da enfermeira Sueli Ferreira, 43 anos, que ministrou palestra para profissionais ligados à Educação e Saúde, durante o curso Síndrome de Down, promovido pelo Centro de Apoio e Suporte a Inclusão da Educação Especial (Casies), da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT).

Sueli é mãe do estudante  Victor Henrique, 16, aluno da 2ª fase do 2º Ciclo da Escola Estadual Ulisses Cuiabano. “O primeiro impacto ao saber da doença de um filho é grande. Vivenciei o luto daquele momento, mas percebi que tinha um filho pra criar e como qualquer criança, ele precisa de estímulo. Victor é uma criança expansiva, de fácil integração e muito esperto. Encontrei na escola pública profissionais apaixonados pela causa, que se esforçam diariamente”.

A opção pela rede pública veio com a constatação de que as escolas particulares que frequentou não priorizaram o respeito às especificidades. “Meu filho convivia com crianças de sete anos. Era cerceado da convivência com crianças maiores, pré-adolescentes e quando solicitei a mudança, ela foi recusada. A inclusão não aconteceu na prática e ele passou a rejeitar a escola. Hoje a situação é diferente”, finaliza.
A educação inclusiva, na opinião da coordenadora pedagógica Zara Estela Dias, da Escola Estadual Ulisses Cuiabano “possibilita aprofundamento sobre as teorias” que termina potencializando o processo de ensino aprendizagem.

A coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico para Deficiência Intelectual (Napdi),  Deglene Brito, avalia que “toda criança tem características e necessidades únicas. Em todas há potencial de aprendizado. Hoje percebe-se que a criança deficiente é menos privada de estímulos, mas ainda há a super proteção de muitos pais, além do desconhecimento”.

Para reverter esse cenário, a Secretaria de Estado de Educação por meio do Casies oferta a ‘Escola de Pais’, que possibilita a realização de cursos, bem como a troca de experiências, e o contato direto com uma equipe multidisciplinar. As reuniões são realizadas semanalmente.

Mato Grosso investe na formação continuada dos profissionais  - só no ano passado foram mais de 300 qualificados -,  além de possibilitar a criação de ambientes mais humanizados, dentro de uma pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer suas necessidades, por isso são mais de 400 salas de recursos multifuncionais instaladas no Estado.
PATRÍCIA NEVESAssessoria Seduc-MT

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