sábado, 23 de março de 2013

Taques e Ságuas trocam farpas sobre a educação em Mato Grosso

Valdemir Roberto
Da Redação
  
Candidato ao Governo do Estado em 2014, embora negue que esteja em campanha, o senador Pedro Taques (PDT) resolveu comprar uma boa briga com o PT. Em discursos em Brasília e, posteriormente em Cuiabá, ele disse que o ensino público em Mato Grosso é um dos piores do país e que Mato Grosso é um pobre estado rico. As declarações não agradaram o governador Silval Barbosa e muito menos o PT, que comanda a educação no Estado. O secretário de Educação, Ságua Moraes (PT), aceitou o embate e disse que o senador poderia estar melhor preparado para falar sobre o Estado. A briga promete.
 
Pedro Taques tem afirmado em seus discursos, numa avant premier de sua campanha ao Governo do Estado em 2014 que a educação em Mato Grosso está falida e que contem o maior índice de analfabetismo e o menor tempo de permanência na escola no comparativo regional.
 
Ságuas não gostou das declarações. Aproveitou para neutralizar os ataques do senador argumentando que as melhorias na educação em Mato Grosso são visíveis. “Os dados estão aí na internet, podem ser acessados por qualquer um, não adianta querer dizer o contrário ou direcionar a informação”, comenta. 
 
Ságuas aponta dados do Índice Nacional do Desenvolvimento da Educação (Ideb) de 2011 que comprovam exatamente o contrário, reconhece que o ensino médio exige algumas mudanças para que melhorias sejam efetivadas, mas defende o ensino fundamental e salienta que tanto os índices apresentados por alunos da 1ª à 5ª e da 5ª à 8ª séries colocaram o estado em 8º lugar entre os com melhor resultado.
 
“Não há nada que esteja bom que não possa ser melhorado”, conclui o secretário, colocando a educação de período integral como prioridade para que os alunos do ensino médio melhorem seus desempenhos. Segundo Ságuas  “40% destes alunos estudam no período noturno; eles trabalham o dia todo e tem que estudar quatro horas à noite, sem uma perspectiva de conseguir um emprego quando terminarem o estudo, como ocorre no ensino técnico; precisamos estimular estes alunos a se formarem, a aprender e a gostar de estudar”, afirma o secretário.
 
Programas como o Brasil Alfabetizado, o ‘Mais Educação’, embrião do estudo integral que já é uma realidade em mais de 300 escolas do estado e a futura efetivação da distribuição dos recursos do Plano Nacional da Educação (PNE) são, na opinião do secretário, duas das várias ações executadas e programadas em conjunto pelos governos municipal, estadual e federal que contribuíram para mudar a realidade do ensino médio no estado.
 
Nesta briga sobre a educação em Mato Grosso, o senador Pedro Taques rebate afirmando que os dados foram levantados do relatório do Tribunal de Contas do Estado, sobre o ano de 2011 e alfineta: “Quem está mentindo?”. Taques completa ressaltando que é necessário urgência para mudar a realidade da educação no Estado.
 

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