Estamos no mês de
março. Mês da mulher. Em todos os anos vemos nesta época inúmeras
reportagens a respeito dos avanços conquistados pelo sexo frágil.
Histórias de superação, de conquista de poder, de lutas e enfrentamentos
diários pelos quais as mulheres passam. Certamente o mês de março é um
momento importante de reflexão, uma vez que a data é comemorada
mundialmente e nos remete ao passado de lutas dos movimentos sociais
feministas, tímidos em muitos momentos da história, porém constantes e
persistentes.
Sentimos-nos orgulhosos e orgulhosas pelos feitos da
mulher ao longo dos anos, desde os anos 60 do século passado até os dias
de hoje. Porém, há que se refletir que a desigualdade entre os sexos
persiste na sociedade.
Observemos a situação que a mulher ocupava na
sociedade colonial brasileira e o lugar que mesma ocupa na atualidade,
perceberemos o quão transformou a sua participação no contexto nacional.
Há que se destacar que essas mudanças, mesmo que lentas, entretanto
graduais, ainda não atingiram a grande maioria das mulheres brasileiras.
Ao contrário, em muitos lugares desse país continental ainda persiste
as relações de um passado que continua vivo e presente em diversos
contextos sociais.
O governo brasileiro tem se esforçado na valorização
da mulher, através de políticas de promoção de equidade de gênero, porém
ainda há muito que avançar. O país ocupa a 46ª posição no ranking de
128 países que mede o nível de igualdade entre homens e mulheres. A
pesquisa foi realizada pela consultoria americana Booz & Company e a
lista foi feita com base em indicadores socioeconômicos.
Lutar pela equidade de gênero não é só uma questão de
reparação, é também uma forma de lutar contra a pobreza. Dentre 1,3
bilhão de pessoas que vivem na miséria hoje, a maioria é mulher. Em
sociedades onde há mais igualdade entre os sexos, há também maiores
condições de saúde e educação.
Cremos que a educação é a fonte primeira para que a
mulher conquiste de vez seu verdadeiro lugar na sociedade, ou seja, o
lugar das decisões ao lado do homem. O Brasil elegeu uma mulher para
gerenciar o Poder Executivo. É um grande avanço, em se tratando de um
país ainda machista.
É através da educação com qualidade em que se deve
trabalhar a equidade de gênero, mas muito além da perspectiva da
inclusão igualitária de meninos e meninas. O currículo deve ressaltar a
desconstrução das práticas discriminatórias e incluir a contribuição da
mulher na história da humanidade.
A partir do momento em que meninos e meninas são
educados/as para respeitar um ao outro, nas suas especificidades,
estaremos garantindo um futuro de mulheres e homens que não persistirão
nas práticas de desigualdades entre os sexos, ao contrária estará
promovendo uma sociedade mais justa e conseqüentemente mais igualitária.
Gisele Marques MateusProfessora - Técnica Educacional na Gerência de Diversidades/SUEB
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