sábado, 23 de março de 2013

Uma reflexão sobre a luta feminina


Estamos no mês de março. Mês da mulher. Em todos os anos vemos nesta época inúmeras reportagens a respeito dos avanços conquistados pelo sexo frágil. Histórias de superação, de conquista de poder, de lutas e enfrentamentos diários pelos quais as mulheres passam. Certamente o mês de março é um momento importante de reflexão, uma vez que a data é comemorada mundialmente e nos remete ao passado de lutas dos movimentos sociais feministas, tímidos em muitos momentos da história, porém constantes e persistentes.

Sentimos-nos orgulhosos e orgulhosas pelos feitos da mulher ao longo dos anos, desde os anos 60 do século passado até os dias de hoje. Porém, há que se refletir que a desigualdade entre os sexos persiste na sociedade.

Observemos a situação que a mulher ocupava na sociedade colonial brasileira e o lugar que mesma ocupa na atualidade, perceberemos o quão transformou a sua participação no contexto nacional. Há que se destacar que essas mudanças, mesmo que lentas, entretanto graduais, ainda não atingiram a grande maioria das mulheres brasileiras. Ao contrário, em muitos lugares desse país continental ainda persiste as relações de um passado que continua vivo e presente em diversos contextos sociais.

O governo brasileiro tem se esforçado na valorização da mulher, através de políticas de promoção de equidade de gênero, porém ainda há muito que avançar. O país ocupa a 46ª posição no ranking de 128 países que mede o nível de igualdade entre homens e mulheres. A pesquisa foi realizada pela consultoria americana Booz & Company e a lista foi feita com base em indicadores socioeconômicos.

Lutar pela equidade de gênero não é só uma questão de reparação, é também uma forma de lutar contra a pobreza. Dentre 1,3 bilhão de pessoas que vivem na miséria hoje, a maioria é mulher. Em sociedades onde há mais igualdade entre os sexos, há também maiores condições de saúde e educação.

Cremos que a educação é a fonte primeira para que a mulher conquiste de vez seu verdadeiro lugar na sociedade, ou seja, o lugar das decisões ao lado do homem. O Brasil elegeu uma mulher para gerenciar o Poder Executivo. É um grande avanço, em se tratando de um país ainda machista.

É através da educação com qualidade em que se deve trabalhar a equidade de gênero, mas muito além da perspectiva da inclusão igualitária de meninos e meninas. O currículo deve ressaltar a desconstrução das práticas discriminatórias e incluir a contribuição da mulher na história da humanidade.

A partir do momento em que meninos e meninas são educados/as para respeitar um ao outro, nas suas especificidades, estaremos garantindo um futuro de mulheres e homens que não persistirão nas práticas de desigualdades entre os sexos, ao contrária estará promovendo uma sociedade mais justa e conseqüentemente mais igualitária.

Gisele Marques MateusProfessora - Técnica Educacional na Gerência de Diversidades/SUEB

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