sábado, 11 de dezembro de 2010

Escola João Panarotto produz telejornal para trabalhar conteúdos da Língua Portuguesa

“Uma idéia na cabeça e uma câmara na mão”, como disse o cineasta Glauber Rocha (1939-1981), fez com que 49 estudantes da Escola Estadual Padre João Panarotto, em Cuiaba, criassem um telejornal. Monitorados pela professora de Língua Portuguesa, professora Valquíria Valéria, duas turmas do 3º ano do Ensino Médio, elaboraram todas as etapas de um noticiário televisivo. O resultado do trabalho é o Jornal JP.exibido na escola para todos os estudantes assistirem.

Em grupos de cinco estudantes, produziram noticiários de aproximadamente sete minutos com temas focados no meio ambiente, esportes, violência e política. As turmas desenvolveram os textos e foram atrás de imagens. O programa teve abertura gráfica criada pelo estudantes Felipe Luna. Na pauta até mesmo os problemas físicos, de higiene e cidadania envolvendo a escola viraram notícia. O objetivo foi trabalhar com os alunos a leitura e a escrita de forma atrativa, bem como desenvolver o senso crítico.

“O método convencional, vinha ganhando baixas dentro da sala de aula”, conta a professora. Para envolver a todos, Valquíria resolveu dinamizar a prática e, além do livro como ferramenta tradicional, incrementou ao aprendizado a pesquisa pela internet, a leitura de jornais, o acompanhamento dos noticiários regionais e nacionais.

O estudante Willian Moura, 16 anos, foi um dos exemplos de sucesso conquistados com a atividade. Hiperativo, de comportamento inquieto, teve na atividade um papel fundamental que o envolveu, garantindo concentração e aprendizado. Focado no tema esporte, trabalhou como produtor e redator dos textos apresentados no programa. “Todos nós interagimos. A proposta fez com que buscássemos conhecimento sobre todo o processo”, relata ele.

Outro exemplo de superação foi com o estudante Joeder Kleiffwegaard, 17 anos. Tímido, pouco interagia com os colegas ou com a aula. “Fui o âncora do telejornal”, diz. A prática segundo ele ajudou a desinibir. “Tinha vergonha de ler, então no começo foi complicado depois gostei mais de participar”, disse.

Segundo o estudante, o sucesso do Telejornal pode ser confirmado com a participação dos estudantes. “Na primeira edição nem todos se envolveram. Depois que foi exibido, todos quiseram se enturmar”, relata o aluno.



ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

Nenhum comentário:

Postar um comentário