Em comemoração ao aniversário da maior instituição pública de nível superior de MT, Diário faz série de matérias, durante uma semana, sobre sua história
Contribuição científica da instituição já lhe conferiu participação no seleto grupo do Programa Instituto Nacionais de Ciência e Tecnologia do CNPq
ALECY ALVES
Da Reportagem
Ao completar 40 anos nesta semana, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se consolida como referência em pesquisas científicas em diversas áreas, contribuindo com a sociedade e conquistando respeito nacional e internacional.
Por causa dos avanços e seriedade de seus trabalhos, hoje a universidade integra o grupo seleto de instituições que compõem o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o portfólio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na apresentação da produção científica brasileira.
Esse documento é o cartão de visita do Brasil quando o governo federal quer, por exemplo, discutir políticas, projetos para adoção de ações estratégicas de desenvolvimento sustentável ou, ainda, definir termos de cooperação técnica com outros países. A UFMT participa desse programa com o projeto Ecologia do Pantanal.
Também, há dois anos, as pesquisas sobre áreas úmidas, que têm o Pantanal mato-grossense como campo de estudo e experimentos, chamaram tanta atenção do mundo que trouxeram para Cuiabá, onde está localizado o principal campus, a 8ª Conferência Internacional de Áreas Úmidas – Intecol.
Promovido pela Associação Internacional para Ecologia, esse evento reúne cientistas do mundo inteiro e é considerado o “top” da ciência no mundo em debates e divulgação de pesquisas. Essa foi a primeira vez que um país da América Latina o sediou.
A UFMT tem atualmente 1.436 projetos de pesquisas em andamento, envolvendo 257 grupos de pesquisadores e movimentando um volume de dinheiro impressionante. Desses projetos, 425 foram protocolados este ano.
De acordo com o pró-reitor de Pesquisas, professor Adnauer Taquínio Daltro, este ano a UFMT arrecadou R$ 29,4 milhões para pesquisas. Outras dezenas de milhões já estavam em circulação nos projetos anteriores.
A universidade mantém, dentro do CNPq, 426 bolsistas, dos quais 38 são professores que compõem o “grupo de produtividade”, a elite do órgão, aqueles que trabalham continuadamente em pesquisa e tecnologia em vários campos da ciência. E 305 são alunos fazendo parte de projetos de iniciação científica.
A faculdade tem 800 professores-doutores, formação que os mantém habilitados à apresentação de quantos projetos de pesquisas quiserem.
Engenheiro civil formado pela UFMT e doutor em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo (USP), Adnauer é um dos que atuam em vários projetos. Ele lidera desde 2002 um grupo de pesquisa para Aplicação do Aço em Habitação de Interesse Social e participa de projetos de pesquisa na área de estruturas, sistemas construtivos de materiais metálicos e madeira.
Conforme ele, a UFMT é a maior instituição de ensino em produção de conhecimento no Estado, mas é pequena em nível nacional, quando comparada a outras universidades. Entretanto, tem uma participação estratégica no desenvolvimento de Mato Grosso e, também do Centro-Oeste, especialmente nas áreas de agricultura, meio ambiente e saúde coletiva.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
UFMT integra portfólio de pesquisa do país
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário