terça-feira, 6 de março de 2012

MT -- Alunos estudam sentados no chão em VG

Alunos estudam sentados no chão em VG

Aulas da rede pública começaram com um mês de atraso

Reprodução/TVCA

Segundo secretaria, salas foram construídas e carteiras não foram compradas
G1MT



Sem carteiras nas salas de aula, alunos da rede pública municipal de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, estão com dificuldades para estudar. Em uma escola, das dez salas de aula, quatro estão sem carteiras e as crianças tiveram que sentar no chão para acompanhar as aulas.

As aulas no município iniciaram nesta segunda-feira (5) com mais de um mês de atraso. A Secretaria de Educação informou que ao longo da semana a situação deve se resolver na maioria das escolas.

Em umas das salas, os 27 alunos iniciaram o ano letivo estudando no chão.

“É ruim porque a gente nunca estudou assim. Antes a gente colocava a mão em cima da carteira para poder escrever, agora a gente não sabe como fazer”, lamentou o aluno Luan Teixeira Oliveira.

Uma das professoras acha que até a saúde dos alunos pode ser prejudicada.

“É esquisito. Eu fico sem jeito e eu estou achando constrangedor. Porque eles ficam até com dor nas costas”, detalhou a professora Ana Lúcia de Assunção.

Por causa do problema, Francislene de Campos Coelho, diretora da escola, afirmou que decidiu fazer um rodízio entre oito turmas, no período da manhã e da tarde. Até um comunicado foi encaminhado aos pais explicando os motivos.

“A partir de hoje nós estaremos encaminhando bilhetes com as quatro turmas em que diariamente haverá o rodízio até que as carteiras cheguem. É melhor as crianças hoje sentarem no chão e terem segurança do que elas irem embora”, declarou.

Na Escola Municipal Angela Jardim Botelho estudam 600 crianças. Além das carteiras, os alimentos para as merendas ainda não chegaram. Para servir algum lanche aos alunos, as merendeiras usaram alimentos que sobraram do ano passado. “Enquanto tiver [alimento] nós estaremos oferecendo. Sobrou a merenda, a gente guardou e estamos oferecendo”, afirmou a diretora.

Odenil Sebba é secretário de Educação de Várzea Grande. Conforme ele, a falta de carteiras aconteceu porque a demanda de alunos aumentou e que a falta de carteiras só foi notada neste ano.

“No ano passado foram construídas 40 novas salas de aula, porém, ao mesmo tempo que essas salas estavam sendo construídas, quem estava na secretaria já deveria estar providenciando também as carteiras”, explicou. Ainda conforme o secretário, as 250 carteiras entregues para algumas escolas serão insuficientes.

Em relação à falta de alimentos para a merenda. O secretário garantiu que as entregas devem ser normalizadas até esta terça-feira (6).




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