segunda-feira, 5 de março de 2012

Mudando a temperatura

Lair Ribeiro


Ao colocar um termostato em uma geladeira ou em um ar-condicionado, você “dá” inteligência para esses aparelhos. Eles funcionam até uma certa temperatura e, depois, param. Voltam a funcionar e param.

Com os seres humanos é a mesma coisa. Todos nós temos um “termostato”.

O sucesso de cada um de nós depende do que foi programado em nosso termostato lingüístico.

Vou falar de um assunto pessoal: meu pai morreu num dia 12 de abril e, anos depois, também em um dia 12 de abril, nasceu minha filha Christine. Desde então, quando chegava o dia 12 de abril, eu não sabia se ficava feliz pelo aniversário de Christine ou se me entristecia pelo aniversário de falecimento do meu pai. Até que num dia 12 de abril, alguém comentou: “Interessante, no dia 12 de abril, Deus lhe ti­rou uma pessoa que você tanto amava e lhe deu uma pessoa que você ama tanto.” Depois que passei a encarar dessa forma, o dia 12 de abril continuou marcando os aniversários de falecimento do meu pai e de nascimento da minha filha. Nada mudou, mas mudou com­ple­tamente a minha interpretação sobre eles.

Não se pode mudar o que não pode ser mudado. Mas pode-se mudar a maneira de ver, compreender e sentir o que ocorreu.

Interpretações e fatos

As interpretações, em nossa vida, costumam ser mais importantes que os fatos. O mesmo fato, vivido por diferentes pessoas, vai gerar em cada uma diferentes reações. Viajando ao passado, é possível mudar a interpretação dos fatos. E mudando essa interpretação, modificamos a maneira de ver o passado.

A grande maioria das pessoas fala que gostaria de mudar, re­vo­lucionar, transformar, mas, ao mesmo tempo, existe uma voz interior competindo, tentando a todo custo manter confortavelmente congelado aquilo que já está codi­fi­cado na sua estrutura psicológica.

Ao longo da vida, deixando de ser criança e tornando-se adulto, você traz consigo uma série de crenças posi­tivas e negativas com relação ao mundo, às pessoas e a si próprio. Essas crenças, a cada instante, vão cons­truindo a sua vida.

Como um peixe que nunca saiu da água, você di­fí­cilmente percebe que as suas crenças estão determinando o que você é. Você e suas crenças se confundem. Quando elas se manifestam, você acha que é você quem está se manifestando.

Isso é ruim? Claro que é ruim. Porque, enquanto não se libertar das suas crenças, você não consegue mudar. E sem mudar, você não pode melhorar a sua vida.

Reprogramação: o lado positivo!
As crenças que você traz foram codificadas lin­güis­ti­camente no seu cérebro. Ou seja: foi pela linguagem que você aprendeu a acreditar nos valores que hoje determinam o seu comportamento. Portanto, existe a possibilidade de que, também por meio da linguagem, essas crenças sejam reprogramadas e reco­dificadas em seu cérebro.

O que é reprogramar? Reprogramar não é nada mais do que mudar uma programação anterior.

Decretos pessoais:

• Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem a sua permissão.

• Ninguém pode entrar na sua vida para fazer você infeliz.

• Se alguém provoca em você a sensação de inferioridade ou de infelicidade, é porque você está permitindo.

• Seus sentimentos são seus; você decide o que quer sentir.

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