sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Passe livre para estudantes -Cuiabá/MT

Proposta do vereador Júlio Pinheiro (PTB) provocou manifesto nas ruas da
RDNews/Josinei Moreira

ISA SOUSA
DA REDAÇÃO

A promessa do vereador Júlio Pinheiro (PTB), de que irá buscar meios de desonerar a Prefeitura de Cuiabá do pagamento total do passe livre, assim que assumir a presidência da Câmara, no próximo ano, fez com que estudantes das redes pública e particular da Capital protestassem na Casa, nesta quinta-feira (18), durante a sessão ordinária.

No plenário, três representantes de entidades estudantis, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Universidade de Cuiabá (Unic); União Nacional dos Estudantes (Une); e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), entre outras, reivindicaram pela permanência do passe livre da forma atual.

"Nós viemos aqui nos manifesta contra qualquer tipo de alteração. Nós entendemos que o fim do passe livre é incabível. O transporte municipal tem que ser responsabilidade da Prefeitura Municipal. Sabemos que Prefeitura tem capacidade para bancar o transporte dos estudantes. Vocês, vereadores, e o prefeito não conseguem entender o passe livre como política pública de inclusão", afirmou, durante a sessão, o estudante Renato Sagula, diretor da Ubes.

A proposta, anunciada por Pinheiro em outubro passado, quando a polêmica começou, é que o Governo do Estado seja responsável por estudantes da rede estadual, o Governo Federal de escolas e universidades federais e a prefeitura arcaria com o passe livre de estudantes da rede municipal.

À época, a observação do parlamentar era de que a Prefeitura gasta, anualmente, R$ 14,4 milhões com o repasse às empresas de transporte coletivo. O vereador, que disse não ser a favor do fim do passe livre, chegou a comparar o valor gasto com a construção de 30 novas escolas por ano ou o asfalto de três bairros.

Pinheiro reafirmou que é favorável à continuação do benefício aos estudantes e que não existe nenhum projeto no sentido de barrá-lo. "O que quero é que possamos discutir uma melhor saída, para que haja de fato uma regulamentação do passe livre, o que, atualmente, não existe", disse.

Ainda no plenário, os estudantes mostraram um documento pedindo a permanência do passe livre e que todos os vereadores assinassem. Júlio Pinheiro foi o primeiro a fazê-lo.

Manifestação

O manifesto de mais de 200 estudantes, que além da continuidade no passe livre, pediu também o não-aumento da tarifa de ônibus coletiva, começou às 9h na Praça Bispo Dom José, centro da cidade, e passou pela Prefeitura. A ideia dos estudantes, de finalizar o protesto na Câmara Municipal, foi por entender que o órgão é "uma Casa de Leis".

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