sábado, 8 de janeiro de 2011

Pesquisa: 45% de crianças tem endopasitoses e baixo rendimento escolar

Uma pesquisa sobre contaminação por parasitas em estudantes de 6 a 14 anos das escolas estaduais de Santo Antonio do Leverger, a 34 km de Cuiabá, trouxe um diagnóstico preocupante: a presença de várias endopasitoses em 45% delas. Ao todo, foram examinadas 600 crianças. Todas foram tratadas e responderam a pesquisa com melhora no desempenho escolar.

O projeto piloto desenvolvido pela bióloga, professora Maria Auxiliadora Macieski, em Santo Antonio do Leverger, teve como objetivo avaliar o impacto dos parasitas no aprendizado escolar. A iniciativa teve o apoio e a realização da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio de uma das unidades do MT Laboratório, no município.

O trabalho desenvolvido pela professora durante 2010 consistiu em visitar as escolas, coletar material para pesquisa, identificar a presença e os tipos de parasita. Na sequência foram feitas visitas às residências dos estudantes para vistoriar os possíveis focos de contaminação (animais domésticos, mosluscos, ratos, baratas, morcegos e até alimentos).

Para atingir os resultados a professora realizou palestras educativas a fim de orientar os pais e responsáveis sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação. Os estudantes com diagnóstico positivo para parasitas foram tratados. O projeto gerou a elaboração de material para professores e capacitação para educadores dos 23 municípios da Baixada Cuiabana. Para 2011, a pesquisadora planeja dar sequência no projeto estendendo a pesquisa para municípios no entorno de Cuiabá.

“Os 45% diagnosticado com endoparasitose apresentaram melhoras significativas no aprendizado entre o primeiro e o segundo semestre”, relata a pesquisadora. Todo o material produzido durante a pesquisa – gráficos, imagens e relatos – foi documentado em um livro e será publicado. “O projeto teve uma envergadura social com informações importantes para a qualidade de vida dos moradores da cidade”, destaca. A proposta da pesquisadora é dar continuidade ao trabalho estendendo a investigação a outros municípios do Estado.

A secretária-adjunta de Políticas Educacionais, professora Fátima Resende, destacou ao conhecer os resultados da pesquisa, a relevância do trabalho para as crianças tratadas, para as famílias e para o município. “Ela teve um impacto social que resultou na orientação às famílias e a comunidade”.

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