A reunião realizada nesta terça-feira (25) no MEC (Ministério da Educação)
para discutir a polêmica sobre racismo no livro “Caçadas de Pedrinho”, de
Monteiro Lobato, terminou sem
acordo. Segundo o MEC, as informações da reunião serão encaminhadas para o ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, que deverá decidir sobre o tema.
Fux já havia indicado que o caso seria julgado pelo plenário do STF se o novo
encontro não terminasse com o acordo entre as partes.
O
advogado Humberto Adami, do Iara (Instituto de Advocacia Racial e Ambiental),
disse que não houve acordo porque o MEC não teve nenhuma mudança de postura.
“Eles passaram apenas a falar sobre suas políticas, mas não mostraram nada que
avançasse nas negociações. Não fizeram nenhuma proposta de fato”, afirmou.
O
advogado disse que um dos meios de terminar a reunião de forma positiva seria
com o MEC firmado um acordo sobre a capacitação de um maior número de
professores na disciplina de “Relações Étnico-Raciais” e o aprimoramento das
notas técnicas que acompanham as obras.
O MEC
afirmou, em nota, que se mantém contra a censura à obra de Monteiro Lobato. Diz
a nota: “O MEC, baseado em parecer do Conselho Nacional de Educação, entende
que uma nota explicativa nas edições futuras é instrumento suficiente para
contextualizar a obra”.
Ainda
de acordo com a nota, Cláudia Dutra, da Secadi (Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) disse que “entre 2006 e
2012, foram formados mais de 139 mil professores e a demanda da área [educação
etno-racial] para os próximos dois anos é de 56 mil profissionais e o MEC
assumiu o compromisso da expansão dos programas de formação”.
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