De cada 100 brasileiros de 15 a 19
anos, 72 não estão preparados para conseguir uma boa colocação no mercado de
trabalho. A constatação é de um estudo do BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) sobre a qualidade do ensino na América Latina.
A mesma conta foi feita em outros
cinco países da região: Peru, México, Uruguai, Chile e Argentina. O percentual
do Brasil só não foi pior do que o verificado no Peru.
Para chegar a essa conclusão, os
autores do estudo levaram em conta não só o percentual de jovens sem ensino
fundamental completo mas também aqueles que, mesmo concluindo este nível,
tiveram uma educação de péssima qualidade.
No caso do Brasil, 43% dos jovens de
15 a 19 anos sequer haviam conseguido concluir o ensino fundamental. Dos 57%
que fizeram o fundamental, no entanto, o estudo estima que metade teve uma
educação de baixa qualidade, já que 50% dos alunos brasileiros que fizeram a
prova de leitura do Pisa (exame internacional que compara a educação em
diferentes países) não passaram do nível 1 de aprendizado, o mais baixo.
“Não estamos dizendo que esses jovens
não conseguirão emprego algum. Poderão até trabalhar em atividades mais
básicas, mas não será essa força de trabalho que atrairá empresas de alta
tecnologia”, diz o economista responsável pelo estudo, Juan Carlos Navarro.
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