segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fanfarra é destaque em Escola Aberta de Salvador

luan.santos

A oficina de fanfarra é uma das atividades mais importantes do programa Escola Aberta que é realizado na Escola Estadual Márcia Meccia, em Salvador. A atividade tem sido, inclusive, motivo de destaque para a escola, pois os integrantes da fanfarra já foram premiados em competições de que participaram.

Em funcionamento desde 2007, o programa tem recebido, a cada ano, uma maior adesão da comunidade de Mata Escura, onde a escola está situada, interessada em participar das atividades oferecidas, que incluem aulas de inglês e oficinas de informática, artesanato, teatro e futsal, entre outras.

“O programa Escola Aberta é mais uma oportunidade para que as pessoas da comunidade e os estudantes possam desenvolver a autoestima, aprender uma profissão, vivenciar momentos de lazer e de socialização”, acredita a diretora da instituição, Laura Souza Silva. Em sua opinião, a escola precisa ser atrativa e proporcionar meios de transformar a educação. “Não podemos perder nossas crianças, nossos jovens, para os prazeres da rua”, salienta.

Na visão da professora Joselita Barbosa da Silva, coordenadora do programa no Márcia Meccia desde 2009, ele é muito importante, tanto para os estudantes quanto para a comunidade. “Ao participarem das oficinas, os alunos aprendem a fazer atividades em grupo, socializando-se e respeitando um ao outro. Aprendem a aprender e, com certeza, saem das ruas, onde a violência ainda prevalece”, justifica. Segundo Joselita, os cursos profissionalizantes oferecidos possibilitam que os moradores do bairro adquiram uma profissão e possam contribuir para a renda familiar.

Joselita é responsável, juntamente com a educadora comunitária Simone dos Santos, pela aquisição de materiais para as oficinas, pela frequência dos participantes e pela coordenação da execução das atividades dos responsáveis pela realização das oficinas – os oficineiros. “Também incentivamos a participação da comunidade no programa”, diz Joselita.

De acordo com a diretora, que tem 23 anos de magistério, 13 dos quais como gestora escolar, o fato da escola estar aberta para a comunidade faz com que seja mais respeitada e valorizada. “Quando existe parceria com a comunidade, a escola não é depredada. Ela é valorizada, pois cumpre seu papel social – formar cidadãos”, ressalta.

Para Laura, o Escola Aberta representa um novo desenho educacional. “As pessoas dialogam, se aproximam, há um melhor relacionamento entre a escola e a comunidade e redução no índice de violência”, destaca. “Como seria bom se todas as comunidades oferecessem oficinas gratuitas de cunho social, profissional, cultural, e esportivo para crianças, jovens e adultos”, imagina Laura, que é graduada em letras vernáculas e está concluindo curso de especialização em gestão escolar.

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.

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