quarta-feira, 22 de junho de 2011

Educador analisa o Enem, os vestibulares e o ensino brasileiro Para se preparar para o Enem, descubra quais conteúdos já domina

Mateus Prado


Quem já resolveu algumas das últimas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apresentadas na última coluna, tem uma visão mais clara do que será o exame. Agora, pós ter realizado essas provas, um bom exercício a ser feito é separar as questões por grupo, o que chamamos de classificar.

Cada um pode criar um critério de classificação que melhor lhe convir, esse critério não vai interferir no resultado final. O mais importante é que o aluno consiga criar de cinco a dez grupos diferentes de questões por cada área cobrada no Enem.

Como fazer isso? Vamos aos exemplos!

De posse das questões, os alunos podem criar grupos, na prova de matemática, por exemplo, de gráficos e tabelas, de sistema de medidas, de geometria, entre outros. Em humanas, é possível a criação de grupos de revoluções e grandes mudanças, de questões ligadas a terra e a território, de cidadania e direitos, entre outros.

Criados esses grupos, é hora de o aluno analisar seu desempenho e iniciar seu Plano Estratégico Situacional para a prova. O primeiro passo é eliminar o gasto de tempo para estudar os grupos de conteúdos em que se acertou todas ou a grande maioria das questões. Isso porque estes conteúdos você já tem relativo domínio, cada hora de estudo trará um resultado total menos significante do que as horas de estudo daqueles conteúdos que você tem conhecimento mediano ou o que não tem conhecimento.

Depois de identificar as áreas que você domina mais, passe para aqueles grupos em que seu rendimento é mediano. Você não acerta todas as questões, mas também não passa vergonha. Nesses conteúdos, a possibilidade de melhoria é maior. Cada hora de estudo poderá proporcionar um melhor resultado final do que ao estudar uma matéria que você adora e já domina.

Por fim, estude aqueles conteúdos que você errou um grande número de questões e que tem mais dificuldade de aprender. Se esses grupos são poucos, você não tem muito com o que se preocupar. Poucos são os cursos oferecidos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que o aluno precisa dominar tudo o que está nos nossos livros didáticos. Avalie qual o peso de errar certas questões no Sisu e se isso pode atrapalhar você a conquistar uma vaga em uma faculdade pública ou uma vaga pelo Prouni.

Feita essa avaliação, o aluno pode escolher, entre os conteúdos que o aluno tem mais dificuldade de aprender, aqueles em que errou mais questões nas provas, os que podem ser mais “fáceis” para aprender. Por exemplo, o aluno pode detestar física, mas estudar eletricidade básica, que, além de ser um dos conteúdos mínimos exigidos no Enem, é relativamente fácil, pode ser mais produtivo do que gastar tempo com outros conteúdos da máteria.

Claro que quem for prestar medicina ou algum outro curso muito concorrido não pode descartar nenhum conteúdo e precisará aprender tudo e mais um pouco.

Quanto aos conteúdos a serem cobrados, o aluno pode ficar tranquilo. Os que caíram nos últimos dois anos, nas quatro provas que o IG Educação disponibilizou no site, também serão os conteúdos deste ano. Para fazer cada questão, o examinador consulta a matriz de competências e habilidades que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) propôs. NÃO DÁ PRA FAZER QUESTÕES QUE FUJAM DA PROPOSTA DO ENEM.

Assim, fica mais fácil fazer um plano de estudos racional que leve em consideração as facilidades e dificuldades de cada um. Dessa forma, o aluno terá um bom quadro de seu desempenho e será capaz de identificar o que mais precisa estudar pra gabaritar no ENEM.

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