Enviado por criancanoparlamento
Como seria uma rádio ou uma TV com a programação elaborada por adolescentes? Na Cidade dos Direitos, a hipótese vira realidade.
Um grupo formado por jovens de diversas partes do país, que veio à Brasília para participar da 8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, está fazendo uso das ferramentas da comunicação para tratar de assuntos relacionados aos direitos de acordo com a abordagem que julga necessária.
Monalyza Tomelin Schneider, designer e produtora de vídeo, explica que cerca de 40 adolescentes se dividem no trabalho da rádio e da TV, cujos programas, com duração média de 10 minutos, são apresentados diariamente na Cidade dos Direitos. A designer explica que os jovens procuram entender como os meios de comunicação podem auxiliá-los na garantia e defesa de seus direitos.
Santiago Plata Garcês, 16 anos, veio do Goiás. “Como transformar esta cidade [dos direitos] em realidade? Como esta iniciativa irá repercutir nos outros municípios?”, indaga Santiago. Para ele, o tema que deveria receber mais espaço na mídia é o direito à educação de qualidade, pois, no seu entendimento, somente uma boa educação é capaz de prevenir e combater outras violações de direitos. Além disso, o adolescente aponta a violência sexual contra crianças como um dos grandes problemas que devem ser enfrentados.
Jovens na mídia
“Marginalizada”. É assim que Santiago percebe a juventude sendo retratada pela mídia. “A mídia não fala, por exemplo, dos(as) jovens que participam da conferência. Fala, na maioria da vezes, de adolescentes que cometem algum tipo de infração, sem contar o que aconteceu com essa pessoa antes disso”, afirma. Nesse sentido, o adolescente acredita que a imprensa deveria noticiar mais ações protagonistas desenvolvidas por meninos e meninas, bem como apontar soluções para os problemas que a juventude enfrenta.
“Às vezes, o adulto e a mídia não dão espaço para o jovem opinar”, argumenta André de Lima Cordeiro, 16 anos, do Rio de Janeiro.
Sebastião Júnior Silva, 16 anos, do Distrito Federal, critica a falta de profundidade nas matérias sobre jovens. Júnior se sente ofendido quando o consumo de bebidas alcoólicas e drogas é associado apenas à juventude. Para ele, é necessário que a mídia aponte caminhos, e não fique apenas fazendo críticas.
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