segunda-feira, 20 de junho de 2011

Serviço voluntário é um ato solidário

A interpretação que faço da expressão serviço voluntário é servir espontaneamente! Sim, é isso mesmo! Confesso que por muito tempo a vontade de servir perdurou apenas e tão somente no meu intelecto.

Atualmente faço parte de um serviço voluntário, oportunidade lançada por iniciativa da atual gestão da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, que instituiu a possibilidade de prestar serviços nas áreas: jurídica, administrativa, social, secretariado, informática, etc., enfim, clique no menu Voluntariado, para maiores informações e escolha conforme sua área de interesse/atuação.

No que tange a minha atuação, no âmbito jurídico, posso dizer que é estimulante a cada dia que passa. Isto porque, não há um dia sem o surgimento de novidades e aprendizados que vão além da experiência profissional. Digo isto, pois nesses pouco mais de dois meses de voluntariado, a experiência de vida de cada assistido que procura a Instituição, bem como de cada caso analisado traz a tona a real situação de milhares de pessoas que procuram o acesso à justiça, e em meio a atendimentos pessoais ou por telefone, contam suas histórias de vida, as quais sem este tipo de trabalho desenvolvido, não teria qualquer contato ou tomaria conhecimento. Ademais, ter a oportunidade de trabalhar e ser orientado por alguém do seu campo de atuação profissional, como no meu caso, junto a Defensora do Núcleo Cível Dra. Kelly Christina Veras Otácio Monteiro, revelou-me outra visão do “Ser Defensor Público”, de como é o trabalho deste profissional que, mesmo sem o reconhecimento devido tanto por parte da sociedade como também do Estado, vive em busca da aplicação do direito para todo e qualquer cidadão que o procura.

O ambiente de trabalho é contagiante, desde a minha recepção, passando pela inclusão para participar dos projetos elaborados pela Defensoria, e por fim atuando junto ao Defensor Público na busca de solução de cada jurisdicionado que, vê na Instituição um meio de lhe aproximar do seu direito intentado. Confesso que não tinha a menor idéia de quão gratificante seria atuar em prol daqueles que são, perante a lei, beneficiários da justiça gratuita. E gratificante não é em relação àquela remuneração e, sim, a satisfação, haja vista que o serviço prestado é sem onerosidade para os cofres da Defensoria Pública, não há qualquer tipo de remuneração, até porque o voluntariado é, como dito anteriormente, derivado da vontade própria do cidadão.

As atividades exercidas pelo voluntário na Instituição Defensoria são como de uma assessoria jurídica, onde ali estamos para auxiliar o Defensor Público para o qual formos encaminhados. E dentre as atividades estão idas e vindas ao Fórum ou Órgãos em que atuamos com a defesa (ressaltando que destes deslocamentos há uma completa interação com os gestores das varas, os assessores dos gabinetes, entre outras autoridades competentes), como também atendimento ao público, dentre outros.

Sem mais delongas, quero apenas dizer que acredito no voluntariado, e tal iniciativa deveria ser adotada por todos os órgãos e Instituições que se interessem em oportunizar ao acadêmico, bacharel, profissional da área ou simplesmente interessado que preencha os requisitos, dentre eles vontade de servir sem remuneração, a conhecer de perto e auxiliar nas atribuições daquele profissional da sua área (futura ou presente) de atuação.

Obrigada Defensoria Pública!

Mariella Rondon Alves dos Santos é voluntária no Nucleo Cível da Defensoria Pública de Mato Grosso


Por Mariella Rondon Alves dos Santos

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