Prefeitura e IFMT unidas em prol da criação de novos cursos
Da assessoria
Disponibilizar mão-de-obra qualificada no momento em que as empresas estão em fase de instalação em Rondonópolis é a preocupação dos organizadores da audiência pública, realizada na terça-feira (12). O Poder Público e o Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT se uniram para discutir com estudantes e empresários locais a necessidade da capacitação profissional.
O prefeito Zé Carlos do Pátio lembrou a chegada da Ferrovia no próximo ano, a elevação para nível 5 do Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco, além da vinda de empresas como a Facchini, Noble Group, Tecelagem Bezerra de Menezes e a ampliação da Santana Têxtil.
“Vivemos um momento ímpar, em que a cidade se consolida como pólo industrial. Porém, temos a obrigação de oferecer profissionais com conhecimento e capacidade para transformar uma empresa. Caso contrário, esses trabalhadores serão trazidos de outras cidades e estados e os moradores daqui não serão aproveitados”, disse.
Representantes de diversos segmentos estavam presentes durante as discussões.
Para o gerente de Projetos da Noble, a falta de pessoal capacitado na área elétrica, mecânica e até mesmo de produção obriga os diretores a contratar técnicos de fora do estado para suprir as necessidades da empresa.
Mostrar ao jovem a importância de estudar e de se preparar para o mercado de trabalho também é uma preocupação do secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondonópolis, Valdemir Castilho Soares, o Biliu. “Eles precisam entender que se não estudarem e se qualificarem não vão ter a chance de ingressar no mercado e conquistar uma vaga de destaque. Cumprimos nosso papel no dia de hoje. Promover a discussão entre as classes para encontrar uma forma de atender tanto o empresário quanto o jovem que busca uma profissão”, explica.
Esta é a segunda audiência pública realizada pelo IFMT. A primeira aconteceu em 2009 para definir quais cursos o Instituto iria oferecer no campus de Rondonópolis. “Hoje, vamos ouvir do empresário o que ele precisa e as dúvidas dos adolescentes. Não adianta criar um curso que daqui a um ano não tenha público interessado” reforça o diretor do campus, Pedro José de Barros.
Outra opção é disponibilizar cursos técnicos rápidos, como uma forma de reciclagem para o pedreiro ou carpinteiro, por exemplo. Além de criar a parceria com as indústrias para que elas absorvam os estudantes de destaque.
O coordenador do Núcleo da Defensoria Pública de Rondonópolis, Valdenir Luiz Pereira, conta que é ex-aluno da IFMT. Segundo ele, aos 15 anos ingressou no curso técnico de eletrônica e graças a ele, aos 18 foi admitido por uma empresa de Cuiabá. “O que quero mostrar aos jovens, que ainda estão no ensino médio, é o quanto é indispensável a qualificação. Quando conquistei meu primeiro emprego, tive a oportunidade de frequentar uma universidade, também federal e concluir os cursos de Ciências Contábeis e Direito. Isso garantiu a realização dos novos sonhos”, completa.
O próximo passo agora é visitar os empresários e avaliar qual o tipo de profissional é mais procurado. Depois disso, definir qual curso oferecer. O reitor do IFMT, José Bispo Barbosa, acredita que em breve os estudantes vão contar com novas áreas de estudo e assim garantir um futuro melhor.
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