terça-feira, 12 de abril de 2011

Uso de smartphones pelas crianças já preocupa os pais

Smartphones reduzem controle dos pais sobre os filhos

Acesso à internet via celular atrapalha a fiscalização do conteúdo pelos adultos Uso de smartphones pelas crianças já preocupa os pais (Comstock)

Por questões sociais e de segurança, as crianças fazem uso de celulares - inclusive smartphones com acesso à internet - cada vez mais cedo. E os pais, que pareciam tranquilos com os aparelhos na mão da garotada, começam a se preocupar com o conteúdo que seus filhos acessam diretamente do telefone - sem passar pelo crivo de um adulto. Uma pesquisa britânica revela que o uso de smartphones já se tornou uma dor de cabeça para alguns pais, que temem o contato dos filhos com material pornográfico e publicidade inapropriada.

De acordo com o estudo, coordenado pela organização Mothers' Union for Sarah Teather, o que mais preocupa os pais são os anúncios que chegam através do celular. Cerca de 35% deles disseram que sentem seus filhos vulneráveis a essas publicidades e acreditam que a prática é errada. Produtos ligados a sites de redes sociais que convidam a criança a acessar páginas de conteúdo inapropriado por meio de um único clique ocupam o segundo lugar na lista de preocupações.

Apesar de ser uma tecnologia mais antiga quando comparada aos smartphones, por exemplo, a televisão também está entre as preocupações dos pais - 41% dos entrevistados disseram que seus filhos assistiram a programas adultos na televisão nos últimos três meses. E isso aconteceu antes da 21 horas, quando a classificação dos programas é livre.
Tuda essa exposição traz consequências, acreditam os pais. Nove em cada dez afirmaram que seus filhos estão crescendo mais rápido devido ao aumento da pressão comercial e sexual, causada principalmente por influência da internet e da televisão.

Para Reg Beiley, coordenador do estudo, os pais precisam estar mais atentos às novas tecnologias e ao relacionamento que mantêm com os filhos. "Os pais estão desapontados pelo fato de a regulamentação não ser mais suficiente. Eles estão percebendo que os tradicionais meios de controle, como a classificação dos programas de televisão, não funcionam mais", afirmou.

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