segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cai atraso crônico entre alunos do Ensino Médio

Segundo Ministério da Educação, 31,1% dos secundaristas estão fora do chamado fluxo escolar, isto é, não cursam o ano correspondente à idade; em 2000, índice era de 54,9%

Fonte: Jornal do Commercio (RJ)


Um em cada três estudantes do Ensino médio está fora do fluxo Escolar. Apesar de alarmante, o índice de 31,1% — correspondente ao ano passado —, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Educação (MEC), confirma a tendência de queda dos últimos 12 anos. Em 2000, mais da metade dos secundaristas — 54,9% — tinham idade acima da esperada para a série cursada. Mesmo com a melhora, o indicador de desvio do fluxo Escolar do Ensino médio é mais alto se comparado com o Ensino fundamental. Na segunda metade do fundamental, quando o estudante passa a ter um Professor para cada disciplina, o índice é de 28,2%.

Nos primeiros anos (que correspondem ao antigo primário), 16,6%. Para a diretora executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz, a alta quantidade de Alunos defasados é reflexo de um passivo de atrasos, de reprovações, de Alunos que abandonam e voltam para a Escola. "O verdadeiro nó está nos anos finais do Ensino fundamental. Lógico que o desenho do Ensino médio contribuiu para o resultado ruim, mas é na etapa dois do fundamental que a taxa de aprendizado é menor, quando o Aluno sai de um momento favorável nos anos iniciais e a Educação começa a perder o jogo", diz. Maior desafio Os números também chamam atenção do governo, que considera o Ensino médio o maior desafio da Educação, hoje.

As preocupações se intensificaram no meio ano passado, quando o resultado Índice de Desenvolvimento da Educação básica (Ideb) mostrou que o país estava estagnado justamente nessa etapa do Ensino que prepara o estudante para a universidade. E a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) acendeu outro alerta, ao mostrar uma redução no percentual de estudantes com idade entre 15 e 17 anos matriculados nessa etapa da Educação básica. Quase um ano depois, o governo e os secretários estaduais de Educação ainda trabalham na formalização de uma nova metodologia. "Nós devemos fechar o entendimento com o Consed em breve. E fazer um grande acordo, nos moldes do Pacto da Alfabetização na Idade

Certa",prometeu o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao comentar os números. Com aumento de 24% em relação ao ano passado, o Exame Nacional do Ensino médio (Enem) deste ano será feito por 7,17 milhões de estudantes. Do total, 114,7 mil são do Distrito Federal (28% a mais que em 2012). Pela primeira vez, a Universidade de Brasília (UnB) usará a nota na prova como critério de seleção, em substituição ao vestibular tradicional de início de ano. Mercadante atribui o salto do número de participantes ao momento econômico do país, que exige mais trabalhadores qualificados; às políticas públicas de acesso ao Ensino superior, como Fies, ProUni, sistemas de cotas, Sisu e Ciência sem Fronteira; assim como a consolidação do Enem como exame nacional.

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